Foto: Marcello Casal Jr. | ABr | Fernando Amorim Ag. A Tarde | George Gianni | Divulgação
Aécio Neves, Eduardo Campos e Marina Silva reuniram forças contra o PT 20 de junho de 2013 | 14:06

Aécio, Campos e Marina firmam pacto contra o PT

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Prováveis candidatos de oposição na disputa presidencial do ano que vem, os presidentes do PSDB, senador Aécio Neves (MG), do PSB, Eduardo Campos, e a ex-ministra Marina Silva uniram esforços contra um adversário comum, o PT. E vêm conversando sobre uma estratégia única de atuação desde que a Câmara votou e aprovou em regime de urgência, em abril, o projeto de lei que cria obstáculos ao acesso de novos partidos ao Fundo Partidário e ao tempo de propaganda política na TV. De acordo com informações de auxiliares dos três, eles têm trocado telefonemas pelo menos uma vez por semana. Falam da necessidade de manter a união entre si, fixando-se principalmente no combate à proposta que cria a dificuldade para criar novos partidos. A ideia é atrasar a votação no Senado até outubro, quando a lei, mesmo aprovada, não valeria para 2014.

Nessa estratégia, eles conseguiram retardar a votação da proposta no Senado e ganharam quase um mês e meio de prazo. Ação do líder do PSB, senador Rodrigo Rollemberg (DF), levou o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a suspender liminarmente no dia 24 de abril a votação da proposta pelos senadores. Na semana passada, o STF começou a votar o mérito da ação, suspendendo a sessão quando o placar estava em 5 a 4 pela autorização para que o Senado possa votar o projeto. Mas os ministros deixaram no ar a opinião de que no mérito o texto é inconstitucional. Gilmar Mendes insistiu na inconstitucionalidade do projeto. Durante o lançamento do Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, na terça-feira (18), no Congresso, ele disse não ter dúvidas de que a proposta que dificulta a criação de novos partidos vai ser derrubada quando for apreciado o mérito. “Ficou muito claro que o projeto é dirigido para atingir determinada situação. É casuístico”, disse ele. A proposta, apresentada pelo deputado Edinho Araújo (PMDB-SP), foi apoiada pelo Palácio do Planalto. Seu efeito será sufocar o Rede Sustentabilidade, de Marina Silva.

João Domingos, Agência Estado
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