01 de setembro de 2009 | 18:12

Concursados da Polícia Civil acampam na Assembléia Legislativa

Rafael Rodrigues 

Na manhã de hoje, os escrivães e investigadores concursados da Polícia Civil que foram selecionados em 1997 e até hoje não foram nomeados, decidiram acampar por tempo indeterminado na Assembléia Legislativa. A idéia é, se necessário, dormir por dias na sede do Legislativo estadual para pressionar o governo a incorporar os cerca de 912 concursados, que já fizeram o curso de qualificação e só esperam a nomeação.

O presidente da Assembléia, Marcelo Nilo (sem partido), liberou o saguão para que os manifestantes possam acampar. Os deputados da oposição compraram a briga, na sessão de hoje, e a questão acirrou o ânimo entre os parlamentares. “Estão na mesma situação dos delegados, que foram treinados, e em setembro do ano passado saiu no Diário Oficial que todos seriam nomeados. Eles largaram seus empregos e até hoje esperam a nomeação”, acusou o deputado Ricardo Gaban (DEM).

O deputado Waldenor Pereira (PT), líder governista, diante das galerias cheias, retrucou: “Não me venha com proselitismo. O concurso foi realizado em 1997, no governo que Vossa Excelência (Gaban) apoiava e foi presidente da Assembléia por duas vezes. Ficaram 11 anos abandonados e agora que estamos contratando. Foram nomeados 161 policiais”. Pereira destaca que foi planejado um cronograma para as contratações, mas que as dificuldades financeiras enfrentadas pelo estado estão sendo levadas em consideração.

Gaban, de imediato, respondeu: “É hilariante esta sua mudança de postura. A nomeação foi bandeira de campanha. A crise não é só na Bahia, é em todo o país, mas aqui temos toque de recolher. Faltam investigadores em todo o estado”, rebateu. O deputado Waldenor pediu verificação de quorum e pôs fim à sessão, justificando a necessidade de instalar as comissões temáticas. A medida gerou protesto dos policiais e da oposição.

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