29 novembro 2024
Em 2011, os economistas erraram. O mundo cresceu menos do que se esperava e a inflação foi mais alta do que o previsto no início do ano. No Brasil, governo e analistas do mercado falavam em crescimento de até 5%, mas a expansão deve ficar em cerca de 3%. A inflação, em vez de cair em relação a 2010, subiu e exigiu medidas extras para desaquecer a economia. Ao contrário do que parece à primeira vista, no entanto, 2011 não teve mais erros do que no passado. Levantamento da Folha com as projeções do Boletim Focus (levantamento semanal do Banco Central com 90 bancos e instituições não financeiras) desde 2001 mostra que na maioria dos anos as estimativas de crescimento, inflação e taxa de juros falharam mais do que em 2011. “Os erros são inevitáveis. A vida real é mais complexa do que os modelos matemáticos são capazes de prever”, defende-se o economista-chefe da LCA, Bráulio Borges. Embora tenha errado algumas projeções, Borges foi um dos primeiros a prever que a economia ficaria estagnada no terceiro trimestre. Leia mais na Folha.