24 de janeiro de 2012 | 10:46

Pai do Axé reconhece “culpa” e lança música contra apartheid

salvador

O Pai do Axé, Luiz Caldas, tornou-se um crítico da indústria do Carnaval baiano. Em sua nova música, composta em parceria com César Rasec, lamenta a “chuva de grana” por trás da organização dos foliões de Salvador em camarotes e blocos com abadás. Divisão que, no olhar do músico, arranca a espontaneidade da festa. “O Carnaval perde na essência para poder lucrar na parte financeira”, lamenta em entrevista ao site Terra Magazine. Saudoso de tempos em que não havia a “farda” que uniformiza os blocos, Caldas se vê como um dos responsáveis pelo mal que ataca. Sua música Fricote, que em 2010 comemorou 25 anos, é considerada o marco inicial do axé. O ritmo passou a embalar trios elétricos e foi o pano de fundo de um processo que tornou o Carnaval mais lucrativo para grandes empresas do entretenimento. Para o músico, tudo terminou por concentrar as atenções da festa em poucos artistas de visibilidade e excluir “profissionais que fazem Carnaval de uma forma tão brilhante”. Leia a entrevista completa no Terra.

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