05 de janeiro de 2012 | 18:11

Retirada do termo ‘ditadura’ de livros escolares cria polêmica no Chile

A retirada da expressão “ditadura” para se referir ao regime de Augusto Pinochet nos textos escolares foi considerada uma tentativa de suavizar esse período, apesar de o governo ter minimizado a importância do assunto em um debate que volta a envolver políticos e intelectuais sobre o período mais controverso da história do Chile. A modificação afeta textos e planos de estudos do primeiro ciclo do ensino básico, para os alunos com idade entre 6 e 12 anos, que devem se referir agora a esse período como “regime militar” em vez de “ditadura”. A mudança foi introduzida durante a gestão do ex-ministro da Educação Felipe Bulnes e aprovada em 9 de dezembro pelo Conselho Nacional de Educação (CNE), apesar de ter sido tornada pública na quarta-feira após ser publicada em um veículo da internet. O governo, através do novo ministro da Educação, Haral Beyer, confirmou a mudança, explicando inicialmente que foi decidido utilizar um termo “mais geral” para se referir a esse período histórico do Chile, entre 1973 e 1990, que deixou mais de 3.000 mortos e desaparecidos. Nesta quinta-feira, em meio à polêmica, o ministro Beyer assegurou que se trata apenas de uma proposta, que busca o debate, “não de uma imposição”. (AFP)

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