Jutahy Jr. 05 de março de 2012 | 10:43

‘O governo da Dilma parece um Big Brother, quanto mais escândalo mais popular’, diz Jutahy Jr

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Ainda durante entrevista concedida à Rádio Metrópole, o deputado Jutahy Júnior (PSDB-BA) falou sobre a importância da candidatura de José Serra (PSDB-SP) para as eleições de São Paulo e as conseqüências para o país. “O lançamento da candidatura de Serra foi o fato mais importante para evitar a hegemonia do PT, que passa pelo emparelhamento de todos os cargos no Brasil. O projeto petista está aí não para servir ao país, mas para servir ao PT”.

Outro ponto comentado pelo deputado foi o que ele chamou de ‘controle da mídia’. “Por exemplo: o veículo que disser que o mensalão não existiu será punido. Mesmo todo mundo sabendo que o mensalão existiu. A indicação do senador Marcelo Crivella (PRB) para o Ministério da Pesca, mesmo ele afirmando que não sabe colocar minhoca em anzol, é uma tentativa de barrar a candidatura de Russomano (PRB) que está bem colocado em São Paulo em prol da candidatura de Fernando Haddad (PT). Então você vê que São Paulo é importante para esse projeto pernicioso do PT, mas é necessário que São Paulo resista. Por isso eu apoiei a candidatura do Serra”.

O tucano também falou sobre as mudanças ministeriais. “O governo da Dilma parece um Big Brother, quanto mais escândalo mais popular. Toda vez que surge uma sujeira se passa a ideia de que é uma faxina, mas quem foi que fez essa sujeira? Ninguém vê nada, cada partido faz a sua parte, recebe o seu quinhão e a coisa continua. Parece que a corrupção é necessária para manter o poder. É uma corrupção institucionalizada desde o mensalão. Foi a imprensa paulista que derrubou os ministros. Não houve investigação do Tribunal de Contas da União. O projeto do PT quer calar a imprensa que eles chamam de golpista, como a Folha de São Paulo, Estadão, Veja e O Globo. O PT tem um poder de marketing incrível porque eles ainda conseguem passar a imagem de que Dilma está fazendo uma faxina e não é isso que está acontecendo”, afirmou.

Segundo o deputado, o modelo adotado pelo PT é fortemente utilizado aqui na Bahia “eles fazem publicidade maciça onde na verdade não existe nada. Você chega aqui e parece que a Ferrovia Oeste Leste está pronta – é um projeto importantíssimo para o Estado – mas entre os municípios de Luis Eduardo Magalhães e Caetité não tem nada. Fizeram um projeto baseado no Google e descobriram reservas indígenas no meio do traçado. Agora está tudo parado. Desde os oito anos do governo Lula e continua parado agora, no governo Dilma. Esse é o modelo de gestão ineficiente. Isso é ruim porque além de perder os anos passados isso atrapalha projetos futuros e a forma como eles fazem como a imprensa você não tem como comunicar. Imprensa tem que ser livre. Não precisa de lei de imprensa, o cidadão pode ser punido pelo código civil. Nada é mais pernicioso e prejudicial para o país do que ceifar a liberdade de imprensa”, criticou ao ser questionado sobre o Conselho de Comunicação adotado pelo governo Wagner. (Emerson Nunes)

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