20 abril 2024
Preocupado com a idéia, que se espalha por influência dos pré-candidatos José Sérgio Gabrielli e Walter Pinheiro, de que o governador Jaques Wagner (PT) estaria impondo, no partido, a candidatura de Rui Costa à sucessão estadual, um petista com trânsito livre no Palácio de Ondina procurou hoje de manhã este Política Livre.
E expôs, com a visão de quem está acostumado a acompanhar ao mesmo tempo a trajetória do governador e do partido, uma tese sobre o motivo da preferência explícita de Wagner por Rui. Para ele, além da confiança mútua, lastreada num relacionamento pessoal e político que já dura 30 anos sem rupturas de nenhuma espécie, Wagner prefere Rui porque é o único que tem demonstrado interesse genuíno em defender o legado de seu governo.
“Alguém tem dúvida de que o governo de Wagner vai ser passado a limpo nesta campanha? E quem é quem é que se apresenta como maior defensor do legado de Wagner?”, questiona, apontando o que, em sua avaliação, é uma das grandes preocupações de governantes que encerram seus mandatos. Segundo ele, o “preferido” de Wagner conta com uma vantagem, neste aspecto, em relação a Gabrielli e Pinheiro.
Na condição de chefe da Casa Civil, Rui tem controle total sobre a gestão do governo, do ponto de vista administrativo e de conhecimento, afirma. E, por este motivo, sabe como ninguém defender o que foi feito e o que está para se fazer num eventual governo de continuidade tocado por ele, acrescenta. Tudo seria facilitado por uma característica pessoal de Rui: o fato de ser estudioso.
“Você já viu alguém defendendo o governo Wagner como Rui?”, completa o mesmo petista e acrescenta: “Gabrielli, que é secretário de Planejamento de Wagner, até grupo montou para discutir o Estado independentemente do governo”.