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Rui e Gabrielli na inauguração da Itaipava: "só alegria" 25 de novembro de 2013 | 12:17

Petistas não acreditam em pacto interno contra Rui Costa

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Apesar do movimento de resistência protagonizado pelo secretário estadual de Planejamento, José Sérgio Gabrielli, e o senador Walter Pinheiro, que oficializaram suas pré-candidaturas, a articulação política do governo e a cúpula do PT continuam considerando que mantêm o controle sobre o processo de escolha do candidato petista ao governo, marcado para o próximo dia 30. Para esta turma, a maioria do diretório estadual que vai se reunir neste sábado para tratar do tema está fechada com a candidatura de Rui Costa, chefe da Casa Civil do governo e nome preferido pelo governador Jaques Wagner para disputar a sucessão estadual.

Apesar de ter reunido cerca de mil pessoas na plenária do sábado passado que fez sobre o mandato e serviu de pretexto para o lançamento da pré-candidatura, Pinheiro, na avaliação da articulação de Wagner, fez um evento menos expressivo do que o esperado em termos de participação de petistas, o que seria, para o governo, uma demonstração de seu isolamento no partido. Aliado histórico do senador, o secretário estadual de Comunicação, Robinson Almeida, por exemplo, teria tido participação discreta no encontro, sugerindo interpretações entre os petistas de que vai fechar com a candidatura de Rui Costa. O movimento já era esperado.

“A maioria (dos presentes) era de evangélicos”, disse uma fonte sobre a plenária de Pinheiro ao Política Livre, aludindo à religião do senador. Portanto, por esta avaliação, não haveria fôlego suficiente em Pinheiro para abalar o favoritismo de Rui no debate do próximo sábado. A mesma avaliação se aplica ao caso de Gabrielli, que também lançou sua pré-candidatura num documento enviado à cúpula petista e ganhou espaço na mídia pela iniciativa. Ele não teria número suficiente de representantes no encontro para se beneficiar da eventual escolha como candidato. Nem seus votos junto com os de Pinheiro reverteriam a preferência de Rui.

Além do fato de que, se os dois fecharem um pacto de apoio mútuo, a iniciativa poderá ser interpretada como um desafio inaceitável ao governador. Aliás, há no PT quem acredite que, pelo tom com que conduziu o encontro deste sábado, Pinheiro pode evitar insistir com a candidatura na reunião do diretório. Diferentemente de Gabrielli, ele teria deixado, inteligentemente, uma porta aberta para o entendimento em torno do nome de Rui. “Não percebemos sinais de que Pinheiro vai tentar confrontar o desejo de Wagner, apesar de estar se colocando como alternativa. Ele está apenas sinalizando que está vivo, quer contribuir”, disse a mesma fonte. O evento de sábado dirá.

Raul Monteiro
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