ACM Neto e sua bancada do DEM com Michel Temer, em Brasília: celebração sem PMDB baiano 08 de maio de 2015 | 10:04

Depois de ontem, ACM Neto pode assumir o PMDB da Bahia?

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Mais do que uma ponte com o PT, que permanece dividido em relação ao chamado “arrocho fiscal”, ou com o governo Dilma Rousseff (PT), autora envergonhada das medidas, o prefeito ACM Neto estabeleceu um canal privilegiado de interlocução com o vice-presidente da República, Michel Temer, presidente em chefe do PMDB, ao articular o voto favorável da bancada baiana do DEM, ontem, no Congresso, ao projeto do Executivo.

No Democratas, por mais que justifique seu envolvimento nas negociações em favor do governo Dilma Rousseff como reveladora de preocupação com a cidade que administra, para a qual espera o atendimento de pedidos de recursos que encaminhou a vários ministros recentemente, o prefeito de Salvador pode ter trilhado um caminho sem volta, haja vista o posicionamento crítico do senador Ronaldo Caiado, que chamou os deputados que votaram a favor de Dilma de “traidores”.

Por este motivo, cresce o rumor de que ACM Neto pode estar com um pé no PMDB, principalmente em meio às incertezas que cercam a provável fusão entre o DEM e o PTB. Mas Neto não é menino e sabe que, para aonde quer que vá, terá que se tornar o senhor do seu espaço, como ocorre hoje no DEM baiano, que é dele. O controle do PMDB da Bahia é do ex-ministro Geddel Vieira Lima e de seu irmão, o deputado federal Lúcio Vieira Lima, que ontem, aliás, votou com o governo.

Teria Michel força para promover um desalojamento dos dois em favor de Neto? Em Brasília, se diz que nem que a vaca tussa.

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