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O desafio de Wagner é ajudar, apesar de Dilma 01 de outubro de 2015 | 07:34

Wagner entra goela adentro da companheira Dilma

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A presidente Dilma Rousseff é hoje um arremedo pior de si do que era quando começou a crise e se viu forçada a iniciar negociações com os presidentes do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

Para tentar desesperadamente salvar seu mandato, ela teve agora que engolir a entrega de sete ministérios ao partido mais fisiológico do Congresso e a entrada na Casa Civil do seu atual ministro da Defesa, Jaques Wagner. Não que Dilma não goste de Wagner.

Pelo contrário. Um pouco antes do término do seu primeiro mandato, a presidente fez questão de vir à Bahia para prestigiar o casamento do enteado do então governador. Bons tempos aqueles em que a popularidade soprava para todos os petistas.

Mas a doçura entre eles sempre esteve restrita ao campo social. Wagner será, na cozinha de Dilma, um autêntico preposto do ex-presidente Lula, cujos conselhos para que ela o trocasse pelo inepto Aloízio Mercadante foram desconsiderados enquanto a presidente achou que governava.

Sempre com o cuidado de não ferir o ex-governador, o que, diga-se de passagem, não faz muito o seu estilo, Dilma tentou o quanto pôde evitar colocá-lo tão próximo dela. Chegou a deixar vazar um dos motivos porque não o queria juntinho.

Uma das versões que corre em Brasília é a de que Wagner “começaria muito tarde”, ao passo que Mercadante, cuja habilidade política de fato não pode ser comparada à do ex-governador da Bahia, “começaria cedo”. A assessoria de Wagner, claro, achou a história piada de mau gosto.

De qualquer sorte, não há como desconsiderar que com as mudanças de agora o moribundo governo Dilma se apresenta sob novas perspectivas. No mundo político, pelo menos, a mais forte delas é a de que Wagner e a nova turma do PMDB consigam tocar o governo, apesar de Dilma.

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