25 abril 2024
A Petrobras é mesmo uma mãe. Além de ter servido de fonte de recursos para o maior escândalo de corrupção de que se tem notícia na história deste país, que continua a ser desvendado, a maior estatal brasileira é palco de regalias e privilégios para seus funcionários verdadeiramente invejáveis.
Paga, por exemplo, mensalidades de faculdades para filhos de funcionários graduados e mantém convênios com academias de ginástica para os servidores. O novo presidente, Aldemir Bendine, enfrenta resistências para cancelar as confratenizações nababescas de fim de ano da estatal.
Envolvendo diretorias, gerências e funcionários, as festas envolvem gastos que passam de R$ 1 milhão todo fim de ano nas capitais e cidades pólo e ninguém dá mostras de se preocupar com a crise na empresa e no país. Em Salvador, o maior símbolo do exagero é a nova sede, construída no Itaigara, que consumiu mais de R$ 600 milhões.
O empreendimento foi anunciado com pompa e circunstância, em dezembro de 2011, pelo então presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, o mesmo que considerou ínfimos os prejuízos da estatal, da ordem de R$ 6 bilhões, contabilizados com a corrupção.