30 de abril de 2019 | 10:17

Nilo relata chá de cadeira de quatro horas de Rui e revela ter tirado professores e policiais da Assembleia a pedido dele e de Wagner

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O deputado federal Marcelo Nilo (PSB) disse hoje a este Política Livre que verá com surpresa a eventual demissão do atual presidente da Embasa, Rogério Cedraz, pelo governador Rui Costa (PT), mas antecipou que espera pelo menos uma satisfação da parte do gestor se a medida for tomada contra o seu apadrinhado.

Ele não quis se referir às especulações de que o governador pretende colocar no lugar de Cedraz o executivo Cláudio Villas Boas, indicado pelo empresário Mauro Prates, da Metro Engenharia, que tem várias contratos na estatal. Nilo disse apenas esperar mais consideração pela lealdade que sempre devotou tanto a Rui Costa quanto ao senador Jaques Wagner no período em que comandou a Assembleia Legislativa da Bahia.

“Como presidente (da Assembleia), aprovei tudo, nunca dificultei a vida do governo, devotei uma lealdade realmente canina ao grupo”, disse Nilo, lembrando que, durante a campanha passada, levou um chá de cadeira de quatro horas do governador, que ainda por cima não o atendeu.

“Além de não me ter dado um voto, me tratou como baixo clero”, declarou, lembrando que, a pedido do então governador Wagner e do seu secretário Rui, interveio em momentos políticos considerados críticos do grupo, como a greve dos professores e a dos policiais militares.

Em ambas, como presidente do Legislativo, Nilo entrou na Justiça e retirou os manifestantes da Casa, a pedido, segundo relatou a este Política Livre, do então governador e da Casa Civil, comandada na época por Rui. No caso da greve da polícia, recordou, chegou a pedir a intervenção do Exército para facilitar a evacuação.

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