25 de agosto de 2019 | 09:26

Nos EUA, preocupação com mudanças climáticas supera ameaça nuclear

mundo

O medo de ameaças nucleares passa longe do topo da lista de maiores preocupações da geração atual nos EUA. A saída do país do Tratado de Proibição de Mísseis Intermediários (INF), um dos acordos de redução de armas nucleares mais bem-sucedidos da História, não mudou a perspectiva dos americanos. Uma pesquisa do Pew Research Center, feita em 26 países em 2018 mostra que há uma concordância mundial de que as mudanças climáticas são um risco real. Em 13 dessas nações, mudanças climáticas são a primeira das ameaças globais. Em oito delas, o terrorismo ligado ao Estado Islâmico é a principal. Os ciberataques aparecem como grande temor em quatro países e em um deles o medo maior é da influência russa. O temor a uma ameaça nuclear vinda da Coreia do Norte não está em primeiro ou segundo lugar em nenhum dos países – nem mesmo na vizinha Coreia do Sul. Outros institutos de pesquisa, como o Gallup, confirmam que a ameaça nuclear não chega ao topo da lista das preocupações recentes quando se fala em questões mundiais. Deverrick Holmes, de 28 anos, graduado em história, se preocupa com o fato de sua geração não temer uma guerra nuclear – o que o levou a publicar um manifesto sobre o assunto para o Centro para Controle e Não Proliferação de Armas. “Certamente estudar história abriu meus olhos sobre o que aconteceu no passado. Não há uma garantia de que uma guerra nuclear nunca acontecerá. Infelizmente, não acho que os mais jovens e as pessoas da minha geração se importam com isso, provavelmente porque não está nas manchetes o tempo todo. Há outras questões que as pessoas da minha idade se importam mais, como mudança climática”, afirma Holmes.

Estadão
Comentários