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O PP do vice-governador João Leão estaria em terceiro lugar no pódio 01 de agosto de 2019 | 15:23

Partidos de Rui e Otto levam maior fatia do bolo na divisão dos cargos regionais; PT chegou a emplacar 70% dos postos nos 27 territórios

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Em meio à disputa pelos cargos restantes do governo estadual, levando em conta o critério da proporcionalidade – o voto que cada partido obteve em seus candidatos, mais a legenda-, mais uma vez o PT e o PSD levam a melhor na divisão dos cargos regionais. Informações chegadas com exclusividade a este Política Livre, dão conta, por exemplo, que a sigla do governador Rui Costa, detentora das maiores bancadas na Câmara Federal e a Assembleia Legislativa da Bahia, emplacou, nos 27 territórios, 70% das indicações desses postos . O PSD, liderado pelo senador Otto Alencar, não teria obtido menos de 60%, enquanto o PP do vice-governador João Leão estaria em terceiro lugar no pódio, porém com um percentual não tão elevado.

Com novas regras estabelecidas pelo próprio governador, a partilha engloba os deputados federais e não apenas estaduais, como era anteriormente, sob a justificativa de que os representantes da bancada baiana na Câmara Federal não mais teriam direito a entrar na divisão do bolo dos cargos do Governo Federal por integrar, em sua maioria, a oposição ao presidente Jair Bolsonaro. Contudo, corre solto nos corredores do Palácio de Ondina, que legendas como o PP deveria ter ficado de fora por votar de forma aberta com o Chefe da Nação.

A deputada federal Lídice da Mata (PSB), em conversa com a reportagem, foi uma das aliadas que chamou atenção para os que possuem palanque duplo e a necessidade de que Rui tenha um olhar mais atento, diferenciado aos que demonstram fidelidade ao projeto político.

“O que eu falei com o governador e digo, publicamente, é preciso que o governo trate com muita atenção àqueles que demonstram fidelidade ao projeto político em defesa do direito dos trabalhadores, porque senão somos perseguidos lá e pouco atendidos aqui. Nós não podemos ficar nessa, respeito os deputados que estão, por decisão de seus partidos, no governo Bolsonaro e no governo da Bahia, mas aqueles que não estão assim merecem atenção especial do governador e, eu tenho certeza que ele também pensa assim”, desabafou.

Porém, conforme discursam os beneficiados, além de ter existido a aceitação de todos na ocasião da definição das regras, os cargos irão servir não aos deputados, mas “a Bahia”. “Esse que é o compromisso aceito por todos da base, de forma a ajudar a Rui a fazer um trabalho ainda mais belo”, disse uma fonte com trânsito no governo.

Fernanda Chagas
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