Foto: Roosewelt Pinheiro/Agência Brasil
Evo Morales é acusado de cometer fraudes para vencer eleição 26 de outubro de 2019 | 13:30

Itamaraty não reconhecerá, ‘neste momento’, resultado de eleições na Bolívia

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O Ministério das Relações Exteriores do Brasil afirmou, na última sexta-feira (25), que não reconhecerá “neste momento” o resultado final das eleições presidenciais na Bolívia, cuja contagem de votos aponta vitória em primeiro turno de Evo Morales.

“Considerando-se as tratativas em curso entre a OEA (Organização dos Estados Americanos) e o governo da Bolívia para uma auditoria completa do primeiro turno das eleições naquele país, o Brasil não reconhecerá, neste momento, qualquer anúncio de resultado final”, justificou o Itamaraty em sua conta ofical no Twitter.

Horas antes na sexta-feira a sala plena do tribunal regional eleitoral da Bolívia havia informado a finalização da contagem oficial das eleições presidenciais. Com todas as atas apuradas, o presidente Evo Morales tinha 47 08% dos votos, enquanto seu principal rival, o ex-presidente Carlos Mesa, tinha 36,51%. Com isso, Morales seria reeleito em primeiro turno. Na quinta-feira (24), o Tribunal Supremo Eleitoral havia dito que haveria nova votação em quatro mesas no departamento (Estado) de Beni, mas nesta sexta o presidente departamental local, Rodolfo Coimbra, revalidou essas atas e com isso a contagem foi retomada.

Para vencer em primeiro turno, um candidato deve ter mais de 50% dos votos, ou 40% e uma distância de ao menos 10 pontos porcentuais em relação ao segundo colocado. Oposicionistas acusam Evo Morales de ter cometido fraudes para ganhar a eleição no domingo. No plano internacional, a Organização das Nações Unidas, a Organização dos Estados Americanos (OEA) e países como Estados Unidos e Colômbia pediram clareza na apuração.

Estadão
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