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A insatisfação com a falta de articulação já é dada com geral 11 de outubro de 2019 | 17:03

Medo de trocar “seis por meia dúzia” retardaria mudança de líder na Câmara Municipal

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Ainda rende na Câmara Municipal o que classificam como vacilo do líder do governo na Câmara de Salvador, vereador Paulo Magalhães Júnior (PV), que, na votação do projeto de autoria do Executivo que institui o Programa de Parcelamento Incentivado (PPI) do Imposto para o Imposto de Transmissão de Intervivos (ITIV), na semana passada, apesar de a ser maioria, não conseguiu os 29 votos necessários para aprovar a matéria – apenas 26. Isso só foi possível com a colaboração de seis vereadores da oposição e do bloco independente, o que, segundo se especula, pode lhe render a saída do posto.

Informações chegadas ao Política Livre dão conta de que ele mesmo teria colocado sua ‘cabeça a prêmio’ quando não conseguiu aglutinar o apoio dos pares e recorreu ao presidente da Casa, Geraldo Júnior (SD), numa espécie de pedido de socorro. Geraldo Júnior assim o fez, porém não perdeu a oportunidade de, ao reunir os votos para a aprovação da matéria, propagar a criação da “bancada do Geraldo”. O fato chegou rapidamente aos ouvidos do prefeito ACM Neto (DEM), que não teria ficado nem um pouco satisfeito com a atuação do líder, que estaria dividindo cada vez mais a base, revelam governistas. Contudo, a insatisfação é geral.

“Ele não reúne a base em votações importantes, não liga para os pares para ouvir suas demandas, desconsidera quão importante é essa postura para um líder e Geraldo está fazendo o papel dele”, revelou uma fonte à reportagem, elencando que o fato de Magalhães ter desmarcado um almoço com o grupo em meio a toda essa tensão e no dia da votação de outra matéria importante, foi outro erro, numa referência ao empréstimo da Prefeitura com a Caixa no valor de R$ 104 milhões. “Na verdade, o sentimento que temos é que o prefeito ainda não o substituiu por temer trocar seis por meia dúzia, levando em conta a dispersão da base, criada pela falta de articulação do grupo”, disse outra fonte.

Fernanda Chagas
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