Foto: Divulgação PSL/Arquivo
Bolsonaro e Bivar já foram assim, amigões, antes da disputa por um partido com direito amplo a fundo bilionário 15 de outubro de 2019 | 11:05

Operação da PF contra desafeto declarado de Bolsonaro deixa mensagem clara

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Não há outra leitura para a Operação da Polícia Federal deflagrada esta manhã contra o presidente nacional do PSL, deputado federal Luciano Bivar (PE), senão a de que ele provou do veneno de assumir como desafeto o presidente da República, Jair Bolsonaro.

Não importa que digam e que falem que os homens de preto o tornaram alvo de mandatos de busca e apreensão a partir de um processo judicial, iniciado lá atrás quando não havia sinais de que o presidente e Bivar iam começar uma luta sangrenta pelo controle do PSL.

Não é preciso colocar sobre a mesa sequer o fato de que, com a vitória de Bolsonaro, o partido tornou-se uma verdadeira mina, credor do bilionário fundo partidário com que as legendas se refestelam neste país de tantos desempregados, com uma previsão de dotação de quase R$ 400 milhões.

A mensagem que o caso emite sobretudo à classe política é a de que enfrentar o presidente da República é um ato de loucura, podendo transformar o desafiante em alvo de retaliações que podem iniciar com um susto e resultar em algo muito pior, como uma punição com prisão.

A operação da Polícia Federal deixa um rastro evidente de intimidação no ar. Os sinais estão todos aí. Relacionada a tantos outros fatos que vêm acontecendo no país a partir de ações do governo e do presidente, não permite dúvidas nem a crença numa grande coincidência.

São avisos ainda mais temerários num país onde, por culpa dos próprios políticos, que se fartam quando podem à custa da população desassistida, a sociedade perigosamente deixou de valorizar a maior de todas as instituições, a democracia liberal.

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