Foto: Reprodução/Facebook
Cristina Kirchner 23 de outubro de 2019 | 10:34

Retorno de Kirchner pode colocar Mercosul em risco, diz Bolsonaro

mundo

Em seu último dia de viagem ao Japão, o presidente Jair Bolsonaro disse nesta quarta-feira (23) que a eleição da chapa de esquerda Alberto Fernández e Cristina Kirchner pode colocar em risco o Mercosul. Em conversa com a imprensa, o presidente disse que caso a Argentina atrapalhe um movimento de abertura de mercado do bloco comercial, ele pode pedir uma reunião com Uruguai e Paraguai para tomar alguma medida.

“Nós sabemos que a volta da turma do Foro de São Paulo e da Cristina Kirchner para o governo argentino pode, sim, colocar em risco todo Mercosul. E se possivelmente colocando em risco todo o  Mercosul, repito, possivelmente, você tem de ter uma alternativa no bolso”, disse.

O presidente sinalizou a possibilidade de um pedido de suspensão da Argentina ao lembrar que medida semelhante foi adotada, em 2012, contra o Paraguai. Na época, a decisão foi tomada por conta da deposição do então presidente paraguaio Fernando Lugo, após rápido processo de impeachment.

“O que nós queremos é que a Argentina continue na questão comercial, caso a oposição vença, da mesma forma do [presidente Mauricio] Macri. Caso contrário, podemos nos reunir com o Uruguai e o Paraguai”, disse.

Segundo ele, o propósito do governo brasileiro não é o de facilitar que grupos de esquerda formem, de acordo com ele, “uma grande pátria bolivariana, como queriam os governantes daquela época”.
“A nossa ideia é sim, de fato, abrir o mercado e fazer comércio com o mundo todo”, disse Bolsonaro.

Com a onda de protestos no Chile iniciada após a possibilidade de aumento da tarifa de transporte, o presidente tem acusado partidos de esquerda de tentarem desestabilizar governos de centro-direita para retornar ao poder.

Em encontro com empresários brasileiros, o ministro-chefe do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), Augusto Heleno, que acompanha Bolsonaro na viagem ao Japão, acusou a “esquerda radical” de estar desesperada com “a perda do poder” na América do Sul.

“Neste momento na América do Sul, estamos vivendo um período difícil, em que a esquerda radical, desesperada com a perda do poder, vai jogar todas as suas fichas na mesa para conturbar a vida dos países sul-americanos e tentar retornar ao poder de qualquer maneira”, criticou.

Folhapress
Comentários