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Deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) 22 de outubro de 2019 | 13:53

Sem bolsonaristas, PSL abre processo contra Eduardo e mais 18 deputados

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O PSL abriu nesta terça-feira, 22, processo disciplinar contra o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e mais 18 deputados da ala ligada ao presidente Jair Bolsonaro. Eles terão um prazo de cinco dias para apresentarem suas defesas. As punições podem ir de uma simples advertência até a expulsão dos parlamentares da legenda. A decisão do conselho de ética do PSL é mais um capítulo da disputa entre os grupos ligados a Bolsonaro e ao presidente da legenda, Luciano Bivar (PE). Em jogo está o controle do partido, que se tornou uma superpotência após eleger 52 deputados no ano passado e angariar a maior fatia dos recursos públicos destinados às siglas. Apenas neste ano, o PSL deve receber R$ 110 milhões de fundo partidário.

Nenhum dos 19 deputados do PSL alvos de processos disciplinar compareceu à reunião do partido na manhã desta terça-feira em Brasília. Ontem, a sigla enviou notificações para o grupo, que é acusado de fazer ataques à legenda. Eles deveriam comparecer à reunião de hoje para tratar do assunto. Segundo o senador Major Olímpio (PSL-SP), no encontro foi debatido processos para “aperfeiçoar a transparência do partido e ser mais ágil na divulgação das prestações de contas”. Além disso, o senador disse ter acertado que haverá a adoção de um compliance para Executiva Nacional e diretórios estaduais.

Sobre a possível punição aos parlamentares, Olimpio disse que houve quem defendesse a suspensão sumária de alguns dos parlamentares, mas, segundo ele, Bivar foi contra. Pediu calma para que eventuais punições sejam adotadas seguindo o estatuto. O senador voltou a criticar a interferência do presidente Jair Bolsonaro para que seu filho Eduardo fosse nomeado líder da bancada na Câmara e sinalizou que, sem esse elemento, o deputado não chegaria ao posto. “Se colocar um cone para disputar com Eduardo, vai dar o cone”, afirmou. Em relação ao comando do diretório estadual de São Paulo, Olimpio disse que ele e outros deputados paulistas insatisfeitos com o comando de Eduardo farão uma representação ao Conselho de Ética do partido pedindo sua destituição do posto.

Estadão
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