Foto: Divulgação
Dayane Pimentel com presidente Bolsonaro 18 de outubro de 2019 | 13:55

Tachada de “bivarista”, Dayane Pimentel é atacada por “milícia digital” de Bolsonaro

bahia

A assinatura da deputada federal Professora Dayane Pimentel na lista do presidente nacional do PSL, Luciano Bivar, para tentar manter o Delegado Waldir (GO) na liderança do partido na Câmara dos Deputados não foi bem aceita pela militância pró-Bolsonaro no Twitter. A presidente do PSL baiano foi atacada e acusada de traição ao presidente Jair Bolsonaro pela chamada “milícia digital”, mesmo após elencar cinco motivos que a levaram a não acompanhar outra lista que colocaria Eduardo Bolsonaro na liderança.

Após sua assinatura e o racha no PSL, Dayane está sendo tachada, pela militância e a imprensa, como “bivarista” em contraponto aos “bolsonaristas”. Bolsonaro atuou para transformar seu filho, o deputado federal Eduardo (SP) em líder e defenestrar o Delegado Waldir, inclusive, uma gravação de conversa telefônica do presidente com parlamentares chegou até a ser divulgada.

A ala bolsonarista conseguiu 27 assinaturas e protocolou a troca. Em seguida, a ala pró-Bivar sacou uma lista de 32 nomes, entre eles o de Dayane e de Joyce, e manteve Waldir, que foi gravado em reunião do partido dizendo que iria implodir o governo e chamando Bolsonaro de “vagabundo”, mas já se retratou e disse que as palavras teriam sido fruto do ‘calor do momento’. Em represália, Bolsonaro destituiu Joyce da liderança e colocou em seu lugar o senador Eduardo Gomes (MDB-TO).

Dayane tenta de qualquer forma se desvencilhar do racha do partido e da lista de Bivar, já que é a única deputada federal do PSL baiano e é a principal representante do presidente no Estado – posto que não quer perder. Ela chegou até a retuitar um vídeo do próprio filho do presidente, em que reitera que quem não assinou sua lista não estaria contra o governo, mas não adiantou.

A postagem já ultrapassa 3.600 comentários repreendendo a atitude da baiana de não seguir o pedido de Bolsonaro para a troca do líder do partido. Antes do vídeo, Dayane tentou explicar que não assinou contra ninguém, que sempre foi e é leal ao presidente e ressaltou que o Delegado Waldir não era seu voto quando foi eleito, mas acabou acatando o desejo da maioria, inclusive, do próprio Eduardo, e votou a seu favor.

Ela também defendeu auditoria no PSL, mas justificou sua assinatura como forma de respeitar o prazo estabelecido de 1 ano do atual mandato da liderança e também por faltar apenas dois meses para a próxima eleição, em dezembro. “Apoiei Eduardo para a Embaixada e o apoiarei sempre que necessário. Apoio o presidente Bolsonaro dia e noite, apoio toda equipe governamental. Cobram o que mais de mim? Minha anulação como ser humano, meu “amém” para absolutamente tudo mesmo quando não sou consultada?  Não existe ele x nós, Existem opiniões e momentos. Sou firme c o governo e ñ deixarei q intrigas desnecessárias desabonem minha conduta inquestionavelmente ilibada. Voto 100% c o governo e quero transparência de tudo e de todos”, argumentou Dayane.

Raiane Veríssimo
Comentários