União da esquerda e movimentos sociais marcam seminário pré-Congresso do PT

Realizado ao longo desta sexta-feira (18) pela Esquerda Popular Socialista (EPS), campo nacional Optei e gabinete do deputado estadual Jacó (PT), o “Seminário Estadual Construir o PT de Todas as Lutas” foi uma prévia do que deve acontecer neste final de semana, durante o Congresso Estadual do Partido. Conseguiu reunir cerca de 200 pessoas na Faculdade de Arquitetura da Ufba, de Salvador e 43 municípios do interior da Bahia. Representantes de movimentos sociais, sindicatos, coletivos de mulheres, negros, indígenas e lgbts. E abriu o microfone para um debate sobre o presente e futuro do PT, especialmente as eleições de 2020.

Na parte da manhã, a discussão sobre conjuntura nacional, estadual e internacional contou com as presenças do presidente da UGT e pré-candidato à prefeitura de Salvador, Magno Lavigne; do presidente estadual do PSOL-BA, Fabio Nogueira; da professora da Ufba Renata Rossi; de Heloisa Lima (Coletivo Malês) e Tami Messias (DCE da Universidade Estadual de Santa Cruz).

O desmonte das políticas públicas promovido por Bolsonaro, um governo entreguista e identificado com o retrocesso, e a saudação ao movimento “Eu quero Ela”, que defende uma candidatura negra para a prefeitura de Salvador, polarizaram as exposições. Houve ainda uma homenagem ao líder estudantil Felipe Doss (Ufba), assassinado há três anos no bairro da Federação. A mãe dele, Maria de Fátima da Silva, recebeu uma placa e disse que o “seu legado é o que nos alimenta”.

O secretário de Finanças do PT, Gutierres Barbosa, abriu o evento, que teve música e performances da drag queen Petra Perón. À tarde participaram o deputado Jacó, Elen Coutinho (Avante) e Martiniano Costa (CNB), pré-candidatos à presidência do PT estadual; o atual dirigente da sigla, Everaldo Anunciação; o ex-deputado Yulo Oiticica; o secretário nacional de Movimentos Populares do PT, Ivan Alex; os presidentes eleitos do PT Salvador, Ademário Costa e Iracema Moura; e Paulo Riela (Executiva PT BA e Comitê Estadual Diálogo e Ação Petista). Todos foram unânimes em dizer que é um momento raro o que o PT atravessa, e que exige, além da defesa incondicional da liberdade do ex-presidente Lula, o retorno às ruas e às bases populares.