Foto: Divulgação/PMVC
Vitória da Conquista, Ba 12 de outubro de 2019 | 12:00

Vitória da Conquista: apoios de Rui, Otto e ACM Neto podem ser decisivos em 2020

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Terceira maior cidade da Bahia, Vitória da Conquista é também um importante reduto de representação simbólica de forças políticas. A aproximadamente um ano das eleições municipais de 2020, o cenário revela tendências como a pulverização de candidaturas de partidos que integram a base do governador Rui Costa (PT), como PT, PCdoB, PSB e PSD, num primeiro turno, e a necessidade de mais articulação e esforço por parte do atual prefeito, Herzem Gusmão (MDB), para lidar com as sucessivas críticas em relação ao modelo de gestão adotado, as excessivas trocas de secretários e os tímidos avanços, caso queira garantir sua reeleição.

Em conversa com este Política Livre, Gusmão rebateu as críticas e disse que “só vai pensar em eleição ano que vem”. “Encontramos Vitória da Conquista sem nenhum planejamento, com PDDU vencido em 2002, sem um Plano Municipal de Saneamento Básico, de mobilidade urbana, de meio ambiente. Nós estamos trabalhando. A partir do momento que você começa a fazer articulação, a pensar a política partidária você atrapalha o andamento natural de um processo administrativo”, avaliou, completando que discute tudo com seu secretariado, “menos política partidária”.

Dentre as pré-candidaturas anunciadas, é de fato mais concreta a indicação do deputado estadual Jean Fabrício Falcão (PCdoB), além das possibilidades aventadas pelo Partido dos Trabalhadores (PT), que decidirá entre o ex-prefeito Guilherme Menezes, do deputado federal Waldenor Pereira e do estadual, também ex-prefeito de Conquista, Zé Raimundo.

Não será novidade, no entanto, se a disputa local, para além dos reais candidatos, passar a pautar como fator preponderante o embate de forças de apoiadores como o próprio Rui Costa, que nas últimas eleições estaduais garantiu vitória expressiva no município ao sair na frente com cerca de 70% dos votos válidos e tem implementado obras na cidade, a exemplo da Policlínica Regional, o novo aeroporto Glauber Rocha – construído com recursos estaduais e federais – e a barragem que abastece o município; o senador Otto Alencar (PSD), cujo partido, fortemente influenciado pela ação de José Henrique (Quinha), prefeito de Belo Campo e coordenador regional da legenda, ao lado de nomes como do professor Abel Rebouças, busca intensamente construir um nome forte, visando inclusive, fortalecer o PSD na região para uma eventual candidatura de Otto ao Governo em 2022, e, por fim, ACM Neto (DEM). Dado o prévio cenário, este pode vir a ser o maior apoio externo a Herzem Gusmão, visto que os grandes aliados do atual prefeito, Geddel – preso – e Lúcio Vieira Lima enfrentam sucessivas investigações e estão, ainda que momentaneamente, em completo desprestígio.

Mari Leal
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