Assim como Rui, Wagner não crava nome de Lula para 2022 e defende escolha de candidato para 2020 em dezembro

O senador Jaques Wagner (PT), assim como o governador Rui Costa (PT), também não cravou o nome do ex-presidente Lula como candidato natural para as eleições de 2022. Segundo o petista, é preciso aguardar a anulação ou não da condenação do petista.

“Se o presidente Lula vier a ser candidato em 2022, a chapa puxada por ele no Nordeste, principalmente na Bahia, seja quem for o candidato, ganha um peso bastante significativo. Quando ganhei em 2006, ele já tinha quatro anos de governo, e tenho certeza que a minha vitória teve a ver com a inspiração do modelo de governo dele que as pessoas queriam ver na Bahia. Vamos esperar, a condenação dele não caiu. Se houver o cancelamento do julgamento, aí ele recupera a condição de ser candidato”, disse Wagner, em entrevista coletiva em evento do PT nacional, na manhã desta sexta-feira (14), o Wish Hotel da Bahia, no Campo Grande. Lula participa do evento.

Wagner afirmou ainda que Lula não se coloca necessariamente como candidato. “Não precisa necessariamente ser o nome dele. Assim como eu, ele defende a renovação. Tem quadros no partido. Mas ele será um cabo eleitoral. Não decidimos ainda. Estamos discutindo as eleições de 2020. Vou continuar com a minha tese de que se for pela unidade do grupo não vou faltar [em ser candidato ao governo do Estado], mas vou continuar trabalhando para que haja a renovação”, ponderou.

Sobre as eleições de 2020, Wagner discordou de Rui e defendeu que o candidato do grupo seja definido no início de dezembro, em vez de apenas no próximo ano. “Acho que até três candidatos na base cabe. Isidório teve um potencial de votos significativo. Ele em um trabalho social muito denso, é um nome. O PCdoB lançou Olívia Santana. Tem a questão de Guilherme Bellintani, que poderia vir para um partido da base”, defendeu.