Foto: Gabriela Biló/Estadão
O Ibovespa encerrou o dia em nova máxima histórica, aos 109.580,57 pontos e alta de 1,13% 07 de novembro de 2019 | 20:45

Ibovespa fecha acima de 109 mil pontos pela primeira vez e dólar é cotado em R$ 4,09

economia

O Ibovespa encerrou o dia em nova máxima histórica, aos 109.580,57 pontos e alta de 1,13%. Esse novo nível é alcançado três dias após o índice fechar no recorde dos 108.779,33 pontos, na segunda-feira, 4. A expectativa de analistas é a de que o mercado acionário encerre os negócios na sexta, 8, também no positivo, o que levaria a acumular cinco semanas consecutivas de valorização.

As ações da Petrobrás tiveram ganhos nesta quinta, 7, quando ocorreu a segunda etapa do pregão, após manhã de volatilidade. Analistas dizem que a empresa “levou a melhor” nesses leilões, conseguindo comprar ativos muito produtivos por bom preço. “Para a Petrobrás o resultado foi muito bom, mesmo que não para os governos que esperavam os recursos”, disse Pedro Paulo Silveira, economista-chefe da Nova Futura.

Os papéis ordinários e preferenciais da petroleira encerraram o dia com ganhos de 3,21% e de 4,01%, respectivamente. Eles também refletiram o avanço nos contratos futuros de petróleo com investidores dispostos a correr risco.

Em entrevista ao Estadão/Broadcast, o presidente da Petrobrás, Roberto Castello Branco, afirmou que a Petrobrás não quer ter nenhum privilégio ou preferência e que “abomina monopólios”. A incerteza sobre a compensação financeira a ser paga à Petrobrás foi apontada como um dos motivos do escasso interesse no leilão da cessão onerosa. “Temos que ter um ambiente mais pró-mercado”, defendeu, afirmando que concorda com a análise do ministro da Economia, Paulo Guedes, de que o modelo de partilha adotado no pré-sal brasileiro é uma herança institucional ruim.

Dólar

O dólar terminou cotado em R$ 4,0930, uma alta de 0,25% e o maior valor desde 21 de outubro. O mercado tenta encontrar um novo patamar para o dólar após a frustração na expectativa de entrada de recursos no país com o leilão do excedente da cessão onerosa.

Segundo operadores, o dia foi de ajustes técnicos para a moeda, que deve seguir mais valorizada, acima dos R$ 4, por razões sazonais. No fim do ano, é comum o aumento da procura por dólares por parte de empresas e fundos, que enviam remessas ao exterior.

A moeda americana chegou a ter queda ante o real pela manhã, influenciada por um exterior favorável, conduzidos pela expectativa de um desmonte gradual da guerra comercial entre Estados Unidos e China.

Estadão Conteúdo
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