Foto: Roque de Sá/Agência Senado
Sessão especial no Senado 21 de novembro de 2019 | 16:59

Santa Dulce dos Pobres é homenageada em sessão especial no Senado

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A caridade, a fé e a resistência de Santa Dulce dos Pobres foram as virtudes mais elogiadas na sessão especial que homenageou a canonização da freira conhecida como o Anjo Bom da Bahia. Por requerimento da senadora Kátia Abreu (PDT-TO), o Senado homenageou, nesta quinta-feira (21), a primeira religiosa nascida no Brasil, canonizada pelo papa Francisco no último dia 13 de outubro.

Iniciada com a Ave Maria cantada pelo Coral do Senado, a sessão contou com as falas dos senadores baianos Angelo Coronel (PSD), Jaques Wagner (PT) e Otto Alencar (PSD), além de Kátia Abreu, que presidiu a homenagem, e do senador Telmário Mota (Pros-RR).

Wagner, que conheceu Santa Dulce, afirmou ser admirável a obstinação da religiosa em suas obras sociais e em sua fé. Também lembrou o seu exemplo de tolerância. “Eu chamo a atenção para que as bênçãos de Santa Dulce dos Pobres possam inspirar mentes e corações brasileiros para que a gente diminua o nível de intolerância que a gente vem vivendo nos últimos anos, em que as pessoas se dão ao direito de ofender por divergir. E não há nada mais belo na democracia do que a pluralidade, o caleidoscópio brasileiro com todas as ideias, com todas as crianças, com todas as convicções políticas, com toda a fé religiosa”, afirmou.

Coronel trouxe números dos hospitais das Obras Sociais da Irmã Dulce (Osid). Atualmente são feitos 2,2 milhões de procedimentos ambulatoriais por ano, há 954 leitos e 3 mil funcionários trabalhando. “Esses números grandiosos são pequenos perto do que foi Irmã Dulce, do seu amor pelo semelhante, algo que tem faltado no mundo de hoje”, disse o senador que é autor do projeto de Lei 4.028/2019, que institui o dia 13 de outubro como o Dia de Santa Dulce dos Pobres e, segundo ele, servirá para “refletirmos ainda mais sobre um mundo melhor”.

Otto Alencar, que atuou nas obras sociais da santa como médico voluntário, disse que não tem a menor dúvida de que a fé cura. Para ele, Irmã Dulce se inspirou no livro bíblico de São Tiago, em que se lê que a fé sem obras é morta. O senador lembrou que embora a santa convivesse com vários enfermos com doenças infectocontagiosas, facilmente transmissíveis, nunca ficava doente. “Eu acho que o grande milagre foi esse. Passar a vida inteira ali dentro, ela convivendo com pessoas com doenças infectocontagiosas, que se transmitiam com facilidade, ela nunca foi acometida de tuberculose, de nenhuma outra doença. (…) Eu não tenho nenhuma dúvida, do que aconteceu ao longo da minha vida, de tantas e quantas cirurgias que fiz em ambiente sem muita condição técnica, de que a fé cura”, afirmou.

Com Agência Senado
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