Rui vive saia justa com ministro em Salvador ao falar de “calote” do governo federal

Difusor de sofrer “calote” do governo federal, o governador Rui Costa (PT) passou por saía justa com o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, durante a inauguração da primeira etapa das obras do Aeroporto Internacional de Salvador.

Questionado pelo Política Livre Livre sobre dívida de quase R$ 500 milhões aos cofres públicos baiano por obras que já foram concluídas, o gestor federal, ao lado de Rui, afirmou desconhecer tais débitos e ainda fez questão de enfatizar as diversas intervenções que estão no plano do governo Bolsonaro para a Bahia.

“Dívidas? O governador nunca me trouxe crítica nenhuma”, assegurou Tarcísio, deixando Rui ruborizado.

“Nós temos como prioridade a Fiol, a ligação da Ferrovia Oeste Leste, fundamental para nós. E vai ser com certeza já ano que vem. Nós vamos investir na BR-135, a gente quer terminar a pavimentação da BR-135, iniciar a pavimentação da BR-030, avançar na pavimentação da BR-235, entregar 50 quilômetros de duplicação da BR-101 no ano que vem, avançar com o governo do estado na BR-415. Nós temos aí um acervo, um cardápio de investimento bastante grande, bastante importante para o estado da Bahia”, fez questão de listar.

Em seguida, minimizando a polêmica, o gestor do Executivo estadual atribuiu o não pagamento ao Ministério de Desenvolvimento Regional.

“O grosso dessa dívida, quase que sua totalidade, foi no Ministério do Desenvolvimento Regional, então o ministro não tem a obrigação de saber, porque não é a pasta dele”, esquivou-se.

Por tabela, o prefeito ACM Neto (DEM), ao exaltar a boa relação que nutre com a nova administração, ponderou não conseguir enxergar o não cumprimento dos acordos por parte da União como ‘perseguição”.

“Eu não consigo enxergar isso. Eu,particularmente, tenha uma relação muito boa com o ministro Tarcísio, ele é competentíssimo e muito atencioso e gentil com as questões de Salvador. Então mesmo quem é adversário do governo federal reconhece o seu trabalho e o meu papel como prefeito é lutar para que a cidade tenha os investimentos, as ações do governo federal. Eleição para presidente da República só acontece daqui a três anos e é tempo demais para a gente estar brigando”, pontuou, arrematando que apesar de ser um ano muito difícil, de restrição fiscal grande, de diminuição dos investimentos, sua gestão tem conseguido avançar neste sentido.

“E toda mundo tem consciência dessas dificuldades, a prefeitura sofre também, as vezes os repasses atrasam e eu tenho que adiantar recursos para não atrasar obras, mas não vejo isso como perseguição”, concluiu.