16 de janeiro de 2020 | 18:21

Bolsonaro diz que EUA deixaram de apoiar Argentina na OCDE por culpa de Fernandéz

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O presidente Jair Bolsonaro voltou a criticar, nesta quinta-feira (16), o governo Alberto Fernández na Argentina e disse que a decisão dos Estados Unidos de priorizar o Brasil no acesso à OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) é resultado da vitória do peronismo no país vizinho. “Tivemos agora a experiência na Argentina. Primeira consequência: outros países, o americano na frente, nos fez passar na OCDE [na frente] da própria Argentina. A gente torce para que a Argentina dê certo, mas sabemos que pelo quadro político que está lá eles vão ter dificuldade. Fizeram a opção de eleger quem os colocou na situação de desgraça [em] que se encontravam”, declarou Bolsonaro, em um vídeo transmitido pelas redes sociais.

A fala de Bolsonaro ocorreu após ele assistir a uma apresentação musical de crianças venezuelanas recebidas pela Operação Acolhida –ação das forças armadas que atende e interioriza refugiados que deixaram a Venezuela em razão da crise política e econômica que assola o país. Nesta semana, o governo dos Estados Unidos anunciou que passou a endossar como prioritária a candidatura do Brasil para acesso à OCDE. Na prática, o gesto americano significa que Washington defende que o Brasil ocupe a vaga que era da Argentina na fila de postulantes a um lugar no chamado clube dos países ricos.

Em outubro, o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, enviou um documento ao secretário-geral da entidade, Angel Gurria, em que dizia que Washington defendia as candidaturas imediatas apenas de Argentina e Romênia. A ausência do Brasil naquele documento gerou queixas de que o alinhamento de Bolsonaro com o presidente Donald Trump não estaria trazendo os resultados esperados. Embora a reação negativa no Brasil tenha levado Pompeo a dizer que a carta não representava “com precisão” a opinião americana, a falta de um endosso mais explícito acentuou as críticas em Brasília contra o alinhamento com os EUA.

Folhapress
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