Foto: Reprodução Facebook/Arquivo
Governador Rui Costa 25 de janeiro de 2020 | 08:43

Rui já admite consolidação de três candidaturas em seu grupo contra Bruno Reis

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Apesar de ainda chamuscado com a improdutiva usina de outsiders para concorrer à Prefeitura de Salvador que auxiliares criaram e na qual ele próprio enganosamente apostou, o governador Rui Costa (PT) parece ter se convencido de que a disputa com o pré-candidato do prefeito ACM Neto (DEM), Bruno Reis, deve ser feita por políticos tradicionais de seu campo e que há uma necessária tendência de afunilamento entre eles para que a campanha seja disputada em melhores condições de competitividade.

Em conversa esta semana com pelo menos dois interlocutores diferentes, o governador admitiu a sobrevivência, entre os que estão colocados, de pelo menos três nomes como representantes de seu grupo na sucessão de Salvador. Ele acredita que as pré-candidaturas de Olívia Santana, do PCdoB, e de Lídice da Mata, que ainda não foi oficializada pelo PSB, podem se converter em apoio a um nome do PT, preferencialmente do deputado estadual Robinson Almeida, solução pela qual poderia se empenhar.

Paralelamente ao nome petista, que representaria mais marcadamente o campo de esquerda, coexistiriam as candidaturas do deputado federal Sargento Isidório, do Avante, vocalizando o eleitorado mais popular, e o do deputado federal Bacelar, do Podemos, segundo comentários nos meios governistas, com melhores chances de avançar sobre fatia do eleitorado situado ao centro e identificado com o representante democrata, principalmente se for politicamente ajudado por seu grupo.

Nas duas conversas, Rui não declarou abertamente se acredita que a nova modelagem em cuja construção aposta pode ser suficiente para desbancar o candidato de ACM Neto do favoritismo que a oficialização do seu lançamento pelo prefeito só deve ampliar, mas deu a entender que pode se transformar na opção mais racional para que a campanha imponha a Bruno o enfrentamento de um debate sobre o projeto para a cidade que foi hegemonizado pela administração municipal atual.

Os dois interlocutores admitiram a este Política Livre que não tiveram coragem de questionar o governador sobre o tempo mal consumido no grupo com as discussões em torno do seu apoio ao nome do presidente do Esporte Clube Bahia, Guilherme Bellintani, que passou a ser recentemente questionado por pré-candidatos como Olívia Santana e nomes do próprio PT. Mas afirmam que o encontraram aparentemente mais interessado na disputa do que antes de ter se submetido à cirurgia que o obrigou a afastar-se de suas atividades administrativas.

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