Imposição de Neto sobre Marcelle Moraes e Daniel Rios pode criar racha no Patriota

Com o discurso propagado há meses de que a possibilidade de qualquer vereador de Salvador entrar no Patriota seria zero, o presidente municipal da legenda e coordenador da Subprefeitura da Região Administrativa de Pau da Lima, Jean Sacramento, pode se ver obrigado a mudar suas convicções.

Informações chegadas com exclusividade ao Política Livre dão conta de que o prefeito ACM Neto (DEM), como estratégia para enfrentar a primeira eleição sem a possibilidade de coligações partidárias nas chapas proporcionais que elegem vereadores, impõe que os edis Marcelle Moraes (sem partido) e que obteve 23.063 dos válidos) e Daniel Rios (MDB), que obteve 10.761 votos sejam aceitos no Patriota. Contudo, essa decisão pode chegar como uma bomba para os candidatos filiados, bem como os que estavam com a carta de filiação em mãos acreditando na promessa de que o compromisso do partido era com as lideranças.

Jean Sacramento chegou a afirmar em entrevista à imprensa que: “temos todo interesse de apoiar o candidato do prefeito ACM Neto, mas repito, nenhum vereador entrará na sigla. A gente está montando um grupo que lute pela cidade e não um partido que sirva apenas para ser usado por políticos”. Na ocasião, ele arrematou que a meta seria eleger três líderes comunitários como representantes da cidade no Parlamento.

Diante desse cenário, nomes de suplentes que o Patriota já dava como certo em seu ninho, a exemplo de Átila do Congo, presidente do sindicato de motoristas de aplicativos, Regi Moura, Tuíco e Edson da União, dentre outros, tendem a pular do barco, sob a justificativa de que não podem correr o risco de serem prejudicados numa eleição ‘tão difícil’. “O partido já oficializou apoio à pré-candidatura do vice-prefeito Bruno Reis (DEM) à Prefeitura de Salvador em 2020, o que torna o impasse ainda mais delicado”, lamentou uma fonte em conversa com a reportagem.