27 de março de 2020 | 19:00

HGRS abrirá 160 leitos para desafogar hospitais que atendem Covid-19

bahia

O Hospital Geral Roberto Santos (HGRS), em Salvador, abrirá 160 novos leitos para atendimento imediato a pacientes que não possuem a Covid-19, possibilitando desafogar os hospitais de referência para o atendimento aos pacientes acometidos pelo vírus. As obras na instituição já iniciaram e têm previsão de conclusão no dia 15 de abril.

As novas enfermarias serão instaladas, em caráter provisório, onde anteriormente funcionava o ambulatório, que devido à pandemia do coronavírus tiveram suas atividades suspensas, e no andar intermediário do hospital, onde o Governo do Estado irá inaugurar, em breve, uma clínica de hemodiálise. Haverá, nos locais, consultórios diferenciados, salas de emergência e farmácias-satélites, com equipes compostas por médicos, enfermeiros, assistentes sociais, nutricionistas, fonoaudiólogos e psicólogos.

O HGRS oferecerá retaguarda para os hospitais que atendem pacientes com o novo coronavírus nas especialidades em que é vocacionado, segundo o diretor-geral da unidade, José Admirço Lima Filho. “Inicialmente, os hospitais que atenderão demandas da Covid-19 serão o Instituto Couto Maia, o Ernesto Simões Filho e o Espanhol. Nessa fase, se fez necessária a ampliação do Hospital Roberto Santos para atender demandas das patologias que já atendemos aqui, principalmente as vasculares, neurocirúrgicas, clínica médica e hemorragia digestiva”, detalha.

Maior hospital público da Bahia, o Hospital Geral Roberto Santos possui 640 leitos ativos de internação para diversas áreas, como neurocirurgia, cirurgia geral, vascular, pediatria, clínica médica, nefrologia, gestação de alto risco e hemorragia digestiva. Possui também 137 leitos de cuidados intensivos (92 adultos, 10 pediátricos e 35 neonatais) e um ambulatório de multiespecialidades, inclusive com centro cirúrgico próprio. Devido à prestação de serviços de alta complexidade, a instituição representa um campo rico para o estagiário e/ou residente consolidar conhecimentos na prática do atendimento à população.

“Recordemos que é a rede de assistência a responsável por acolher pessoas em situação de rua e até mesmo por arcar com os custos de sepultamento de indivíduos cujas famílias não têm condição financeira para tal. É preciso sublinhar, portanto, que o êxito das sugestões de ampliação de benefícios expostas nesta nota requer a recomposição do orçamento disponível aos serviços de assistência social”, diz o texto.

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