25 abril 2024
Os secretários da Saúde estadual, Fábio Villas Boas, e municipal, Léo Prates, vivem dilemas com relação às suas vidas políticas em decorrência da guerra contra o coronavírus.
Maior personagem no combate à doença no governo estadual, Fábio era cotado para sair vice da major Denice Santiago, nome do governador Rui Costa (PT) à sucessão do prefeito ACM Neto (DEM).
O excepcional desempenho do secretário nas ações contra a pandemia na Bahia, no entanto, tornam seu nome praticamente imprescindível no time do governador para tocar o combate à Covid-19.
Até o nome do médico Roberto Badaró, infectologista famoso que elogiou as ações do Estado contra a doença, teria tido seu nome ventilado para substituí-lo.
O problema é a avaliação de gente junto a Rui que considera péssimo tirar Fábio neste momento, o que poderia passar a ideia de que o governador pensa mais na política do que na saúde da população.
O mesmo dilema vive o secretário municipal de Saúde. Com o prazo de desincompatibilização expirando hoje, há quem diga, no Palácio Thomé de Souza, que pode ficar difícil para o prefeito ACM Neto (DEM) liberá-lo para a eleição.
Apesar de não ter aparecido tanto quanto Fábio, mesmo estando numa posição de destaque neste momento, Prates pensava em disputar a vice do candidato a prefeito Bruno Reis (DEM).
Sob a mesma análise, muita gente tem desaconselhado que o prefeito o libere neste momento para não passar também a idéia de que a prioridade é a política e não cuidar das pessoas, slogan que Neto cunhou nacionalmente.