Foto: Manu Dias/GOVBA
18 de abril de 2020 | 13:30

Coronavírus pode levar também a cancelamento do 2 de Julho, onde políticos baianos se esbaldam em ano eleitoral

exclusivas

Diante da recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS) de evitar aglomerações contra a pandemia do novo coronavírus, as comemorações do tradicional desfile do Dois de Julho, que celebra o aniversário da Independência do Brasil na Bahia e se torna uma festa politica em anos eleitorais, podem não ocorrer este ano.

Assim como a Lavagem do Senhor do Bonfim é considerada como a inauguração do calendário político no estado, o Dois de Julho é outra festa popular utilizada, inclusive, como uma espécie de “termômetro de popularidade” daqueles que estão na vida pública e querem disputar cargos eletivos.

Em virtude das eleições municipais deste ano, a festa era esperada, principalmente, pelos pré-candidatos a prefeito e à Camara Municipal este ano, que desejavam participar do evento, do mesmo jeito que fazem políticos desde meados  do século 19.  A necessidade de controlar o surto da Covid 19, entretanto, pode mudar planos.

Nos últimos dias, por exemplo, prefeitos do interior do estado anunciaram o cancelamento do São João. Os festejos juninos geralmente ocorrem pouco tempo antes do feriado do 2 de Julho, o que leva a crer que o desfile também corre sério risco de não ser realizado, embora em Salvador poucos queiram tratar do assunto na Prefeitura.

Como não era ano eleitoral, em 2019 o governador Rui Costa (PT) não participou da festa. Caso seja definido o cancelamento, o chefe do Executivo baiano mais uma vez deixará de caminhar ao lado do nome que irá representar o seu partido nas urnas – a major Denice Santiago, da PM.

No ano passado, o prefeito ACM Neto (DEM) ironizou a ausência de Rui Costa. Segundo o democrata, o governador “não fez falta nenhuma”. Favorito, segundo as pesquisas, o vice-prefeito e secretário de Infraestrutura Bruno Reis (DEM) é a aposta do atual gestor da cidade para disputar o pleito.

Mateus Soares
Comentários