Foto: Paulo Vitor/Estadão
02 de abril de 2020 | 09:58

Dólar abre em queda, mas se mantém próximo ao patamar de R$ 5,25

economia

O dólar abriu as negociações desta quinta-feira, 2, com leve queda de cerca de 0,3% em relação ao fechamento do dia anterior, cotado a R$ 5,24. A moeda americana teve um dia de forte apreciação frente ao real na quarta e renovou a sua cotação máxima nominal – quando não é descontada a inflação -, atingindo R$ 5,27, fechando a R$ 5,26. Para se ter uma ideia, em casas de câmbio, segundo levantamento realizado pelo Estadão/Broadcast, o dólar turismo já chegou a ser vendido neste ano acima de R$ 5,50. No primeiro dia útil do ano, o valor para este segmento estava em R$ 4,20, aproximadamente.

Nesta quinta, o mercado local deve se ajustar à melhora das Bolsas internacionais e do petróleo, enquanto o dólar recua, após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, se mostrar confiante de que Arábia Saudita e Rússia chegarão logo a um acordo para encerrar a “guerra de preços” de petróleo, que já chegou a derrubar o preço da commodity a patamar inferior a US$ 20.

No entanto, os investidores seguem cautelosos com a disseminação do coronavírus e aguardam os pedidos semanais de auxílio-desemprego dos EUA, que devem continuar na casa dos milhões, elevando expectativas pelo relatório de empregos de março, o payroll, que sai na sexta.

Mercados internacionais
Na Ásia, um setor que puxou as altas dos índices locais foi o petroleiro, em que as empresas impulsionaram o mercado com suas ações, em meio a esperanças de que Arábia Saudita e Rússia possam chegar a um acerto e encerrar sua “guerra de preços” do petróleo. Essa “guerra”, inclusive, vem durando algumas semanas, desde o início de março, e o preço da commodity cai a níveis mínimos desde então. Para se ter uma ideia, o petróleo chegou a custar menos de US$ 20 neste período.

Na Europa, o caminho é semelhante. As Bolsas do velho continente abriram o pregão desta quinta-feira em alta moderada, ensaiando uma recuperação das fortes perdas de quarta, mas investidores também continuam atentos ao avanço do coronavírus, em especial nos EUA. Também no radar está a pesquisa semanal de pedidos de auxílio-desemprego dos EUA, que deverão mais uma vez estar na casa dos milhões. Às 4h13, no horário de Brasília, a Bolsa de Londres subia 0,52%, a de Frankfurt avançava 0,47% e a de Paris se valorizava 0,39%. Em Milão, Madri e Lisboa, os ganhos eram de 1,06%, 0,66% e 0,69%, respectivamente.

Petróleo
Os contratos futuros do petróleo operam em alta que supera 10% na madrugada desta quinta-feira, após o presidente dos EUA, Donald Trump, prever ontem que Arábia Saudita e Rússia deverão fechar um acordo em breve e encerrar a guerra de preços das últimas semanas. Às 4h27 (de Brasília), o petróleo WTI para maio subia 9,26% na New York Mercantile Exchange (Nymex), a US$ 22,19 o barril, enquanto o petróleo Brent para junho avançava 10,06% na Intercontinental Exchange (ICE), a US$ 27,23 o barril.

Estadão
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