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21 de julho de 2020 | 15:44

Dados da Sesab apontam que Feira tem taxa de incidência da Covid-19 abaixo da maioria das cidades da RMS

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Estatísticas da Secretaria de Saúde do Estado (Sesab) até o dia 17, considerando cinco dias de computação, revelam que Feira de Santana, com taxa de 978,90, continua com um coeficiente de incidência do Covid, ou seja, abaixo do registrado em Salvador e na maioria das cidades da Região Metropolitana da capital. Além disso, Feira está em 186º lugar na Bahia em taxa média de crescimento da pandemia.

Dados da direção do Hospital de Campanha revelam que, no início deste mês, os 18 leitos de UTI estavam todos ocupados e a ocupação de leitos clínicos chegava a 75%. Hoje, há 50% de leitos vagos na UTI e 67% clínicos.

Estatísticas da Secretaria Municipal de Saúde (SM) mostram que está havendo uma queda de 30% no registro de casos novos em Feira. De 22 a 28 de junho, foram computados 1.065 novos casos, enquanto de 13 a 19 deste mês, foram registrados 743.

“São números favoráveis ao nosso município, mas não vamos facilitar. Eles possibilitam a flexibilização nas atividades econômicas, mas ainda com o escalonamento de funcionamento de algumas atividades. Feira é um grande centro socioeconômico, de saúde e educacional para uma macrorregião de dezenas e dezenas de cidades e, portanto, temos que ter um olhar um tanto diferente da pandemia que nos afeta”, avaliou o prefeito Colbert Martins.

Colbert Martins afirmou que faz questão de ressaltar essas estatísticas para evidenciar que o município está numa situação “relativamente controlada na pandemia, embora seja extremamente complicado enfrentar essa situação considerando-se o polo econômico, educacional, social, logístico e de atendimento à saúde que significamos numa macrorregião que abrange municípios até a mais de 200 km de distância daqui”.

Médico e professor de Epidemiologia da UEFS, o prefeito destacou ainda que, no período de 6 de março a 17 de julho de 2020 (sexta-feira última), Feira de Santana, com cerca de 660 mil habitantes, teve 5.741 casos da doença e 99 óbitos. “São números a se lamentar e que servem de alerta, evidentemente, mas as próprias estatísticas proporcionais da Sesab revelam que Feira não pode ser considerada o terror do Covid-19 na Bahia”.

Colbert Martins lembrou também que há um outro fator que está contribuindo muito para o aumento de casos de Covid-19 em cidades de pequeno porte na Bahia, que é o retorno às suas origens de muitos nordestinos que perderam o emprego em São Paulo, ou regressaram com medo do avanço da doença no Sudeste.

“Todos os dias, veículos considerados clandestinos chegam a cidades da Bahia com muitos passageiros contaminados em São Paulo. Frequentemente há denúncias sobre isso”, afirma.

“Se confrontarmos as estatísticas da pandemia com a grande influência e a dependência de uma macrorregião de dezenas de municípios, principalmente do ponto de vista socioeconômico de Feira de Santana, além da questão logística de maior entroncamento rodoviário do Norte e Nordeste, eu diria que a ação do vírus por aqui poderia estar muito, mais muito mesmo, pior”, acrescentou o prefeito Colbert Martins.

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