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Ex-prefeito de Camaçari, Luiz Caetano é rejeitado pela segunda vez por governador para assumir coordenação política 05 de agosto de 2020 | 11:21

Governador rejeita nome de Caetano e impasse para nomeação da Serin se prolonga

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A resistência do governador Rui Costa (PT) à indicação do ex-prefeito Luiz Caetano (PT) à secretaria de Relações Institucionais é a maior responsável hoje pelo fato de a pasta permanecer acéfala desde a saída de Cibele Carvalho, no último dia 4 de junho, criando um vácuo na articulação política do governo.

Inicialmente lembrado para o posto, o senador Jaques Wagner recuou na decisão de disputar a posição, preferindo apostar na sugestão do nome de Caetano, numa repetição de gesto que teve no passado. Mas Rui rejeitou de novo a idéia de nomear Caetano, com quem nunca teve melhor relação, questionando ainda a imagem pública do companheiro.

Além disso, alegou que Caetano poderia transformar a pasta num comitê eleitoral da mulher, Ivoneide, que enfrenta dificuldades para se firmar como candidata à Prefeitura de Camaçari, colocando temporariamente quase um ponto final nas discussões para a substituição de Cibele, cujo substituto as correntes petistas se agitaram para tentar emplacar.

A CNB, por exemplo, à qual pertence o secretário Josias Gomes (Desenvolvimento Rural), pensou em emplacar Jonival Lucas, que tem se esforçado para fazer as vezes de articulador informal, depois de descobrir que ele já tinha, inclusive, se filiado ao PT, no limite do prazo para mudanças partidárias.

Foi atropelada, no entanto, pela indicação de Caetano por Wagner, a qual recebeu o apoio da DS, que pactuou com o governador, no passado, a nomeação de Cibele. O resultado é que, para não contrariar frontalmente o senador, Rui preferiu suspender a definição do novo responsável pela articulação política do governo.

A acefalia da Serin tem sido alvo de críticas de políticos governistas, que chamam a atenção para os problemas que a situação acarreta, principalmente neste momento de pré-campanha às eleições municipais do interior. Um das críticas mais duras ao governo foi feita por Marcelo Nilo (PSB), coordenador da bancada federal baiana.

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