Foto: Live Política Livre
07 de agosto de 2020 | 10:51

Live: Vovô alerta para necessidade de discussão sobre Carnaval com pré-candidatos à Prefeitura de Salvador imediatamente

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O presidente do Ilê Ayê, Vovô, conhecido popularmente como Vovô do Ilê, alertou, ao participar de uma live promovida por este Política Livre nesta quarta-feira (5), a necessidade de iniciar as discussões com os pré-candidatos à Prefeitura de Salvador em relação ao Carnaval.

Diante da pandemia do novo coronavírus, a atual gestão anunciou que a festa de Réveillon na cidade não será realizada nos últimos anos. De acordo com informações do site Alô Alô Bahia, o festival não terá público e as atrações transmitidas pela TV e internet.

“Deve começar a partir de agora essa discussão, inclusive com os pré-candidatos tanto da direita quanto da esquerda para saber o que vai acontecer, o que precisa ser feito”, declarou Vovô.

“Eu não vou aceitar mais chegar no período das eleições, seja por um candidato negro ou branco, ir para o Curuzu, tirar foto, conversar, pedir apoio e, depois que passar a eleição, não ter compromisso nenhum”, ressaltou.

“Eu estou propondo que temos que ter mais atitude e se comportar como um partido, como um partido político. Tem que ficar pré-estabelecido o que é que nós vamos ter de parceria e de apoio com o futuro ou a futura prefeita”.

No bate-papo, Vovô chamou a atenção para candidatos que pedem apoio, mas que “desaparecem” após o pleito. “Eles têm que sentar com os blocos de matrizes africanas e com os outros que se interessarem, principalmente nós que somos mais cobrados e mais solicitados”.

“Então é preciso saber o que é que nós vamos ter para depois que passar as eleições você não consiga ficar sem falar com as pessoas. Eu não estou aqui dizendo que só pode ser com o candidato Bruno Reis. Tem que ser com Olívia, com a major Denice e quem estiver como pré-candidato. Nós temos que sentar e conversar”.

Vovô fez questão de lembrar da administração de Antônio Imbassahy quando prefeito de Salvador, exaltando a antiga “relação” dos blocos de matrizes africanas com a gestão do tucano. “Que a gente volte a ter essa relação de amizade, de respeito e de parceria com o futuro prefeito e prefeita”.

“Com todo respeito aos que vieram depois, mas eu quero uma relação parecida com a que tínhamos com Imbassahy, por exemplo. No Carnaval todos blocos afro eram convidados para o camarote. No pré-Carnaval e durante o ano também tínhamos essa relação bem próxima com a Prefeitura”, disse.

“Precisamos saber qual é a proposta que a Prefeitura pretende, se vai buscar parceiros para viabilizar para que façamos uma boa live no Carnaval. Vai ficar até mais barato. Mas buscar recursos e parceiros que garantam ao Olodum, por exemplo, a fazer uma amostra do Femadum e uma amostra da Beleza Negra”.

Clique aqui e confira a entrevista na íntegra nas redes sociais deste Política Livre.

Mateus Soares
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