05 de agosto de 2020 | 10:01

Maior rede de supermercados do Reino Unido não quer carne brasileira de área desmatada

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Sob pressão para que deixe de vender produtos ligados ao desmatamento da Amazônia e do cerrado, a maior rede de supermercados do Reino Unido quer que o governo britânico obrigue as empresas a rastrear suas cadeias de suprimentos para garantir que elas não provocam danos.

“Fazer queimadas para limpar a terra para plantio ou pastagem está destruindo habitats preciosos como a floresta tropical brasileira. É por isso que não compramos carne do Brasil”, afirmou Dave Lewis, principal executivo da Tesco, que tem 27% do mercado varejista britânico e faturou 56,5 bilhões de libras no último ano (2019/2020) —o equivalente a R$ 389,71 bilhões.

A declaração veio em resposta a uma campanha da ONG ambiental Greepeace para que a Tesco suspenda as vendas de produtos da Moy Park (produtora de frango sediada na Irlanda) e da Tulip (produtora de carne sediada na Inglaterra), empresas empresas controladas pela brasileira.

Nos dois casos, os animais são alimentados com soja, cuja produção também é apontada pela Greenpeace como ligada a desmatamento. O escritório da JBS em Londres afirmou que a empresa “está comprometida com o fim do desmatamento em toda a sua cadeia de suprimentos” e tem trabalhado para “melhorar a rastreabilidade da cadeia de suprimentos no Brasil”.

Folha de S.Paulo
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