Foto: Miguel Noronha/Futura Press/Folhapress
08 de agosto de 2020 | 10:05

Mercado Livre ultrapassa Vale como latina mais valiosa em Bolsa

economia

O Mercado Livre, empresa argentina de comércio eletrônico, ultrapassou a companhia global de mineração Vale nesta semana e se tornou a mais valiosa empresa latina com ações em Bolsa.

Segundo fechamento do mercado de sexta (7), o Mercado Livre, listado na Bolsa americana de tecnologia Nasdaq, vale US$ 59,35 bilhões (R$ 321,2 bilhões), enquanto a Vale tem capitalização de R$ 319,4 bilhões, valor que, convertido pela cotação do dólar ptax (taxa de câmbio calculada pelo Banco Central que consiste na média das taxas informadas pelo mercado), equivale a US$ 57,19 bilhões.

O valor de mercado é o preço da ação multiplicado pela quantidade de ações da companhia.

Neste ano, a gigante argentina mais que dobrou de valor, com o crescimento do ecommerce em meio à pandemia de coronavírus. As ações saltaram 108,8% desde dezembro de 2019, passando de US$ 572 (R$ 3.096) para US$ 1.194 (R$ 6.462).

No primeiro trimestre, a receita líquida da empresa cresceu 37,6% em comparação com o mesmo período de 2019, com US$ 3,4 bilhões em vendas no período, com os primeiros efeitos do isolamento social nas compras online. Na segunda (10), serão divulgados os números do segundo trimestre.

Já a mineradora brasileira sobe apenas 13,4% neste ano, de R$ 53,30 para R$ 60,45, após chegar a R$ 34 em março, quando o mercado de ações derreteu em decorrência da pandemia.

Segundo levantamento da Economatica, das 20 latinas mais valiosas, 13 são brasileiras e 4 mexicanas. Argentina, Colômbia e Peru tem uma representante cada um.

A Petrobras aparece em terceiro lugar no ranking, com R$ 301 bilhões em valor de mercado. Os quatro grandes bancos brasileiros -Itaú, Bradesco, Santander e Banco do Brasil- também estão na lista, que conta ainda com XP, BTG e B3, a operadora da Bolsa de Valores brasileira.

As latinas, porém, estão longe das gigantes americanas. A empresa mais valiosa do mundo é a Apple, com US$ 1,9 trilhão (R$ 10,3 trilhões). A segunda é a petroleira saudita Saudi Aramco, com US$ 1,76 trilhão (R$ 9,5 trilhões). Microsoft e Amazon estão em terceiro lugar, com US$ 1,6 trilhão (R$ 8,6 trilhões) cada uma.

Folhapress
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