Aliança DEM-PDT evidencia divergências entre Rui e Wagner

As recentes declarações do senador Jaques Wagner (PT) contra a aliança nacional dentre o Democratas e o PDT evidenciaram as divergências com o governador Rui Costa (PT). Enquanto Wagner considera o pacto uma “viagem errada”, Rui disse em entrevista no mês passado que aprova uma aliança com o Democratas e com o PSDB para enfrentar o presidente Jair Bolsonaro.

“O Ciro está entrando em uma viagem, na minha opinião, que eu não sei se chega ao final. Depois, ele está entrando em uma viagem de colocar o PDT se juntando com o DEM, e achando que em uma dobradinha de centro-direita vai fazer frente ao Bolsonaro, se Bolsonaro for candidato e chegar ao segundo turno. Se Bolsonaro chegar ao segundo turno, quem vai chegar do outro lado será um candidato do campo da centro-esquerda”, apostou o senador.

Já Rui, em entrevista ao jornal O Globo em agosto, revelou que chamaria para conversar DEM, PSDB e PSB. “Quantos temas nós já chegamos e já discutimos com o Doria e com o Eduardo Leite, do Rio Grande Sul. Não tenho nenhum problema em sentar com eles e conversar sobre os pilares necessários à nação brasileira, o futuro deste país. Democracia, transformação política e social você só faz com diálogo e com entendimento de conteúdo e de projeto”, afirmou.

No ano passado, em outra entrevista, Rui declarou que a sua agremiação deveria esquecer o “Lula Livre” na hora de firmar alianças partidárias, o que foi criticado por dirigentes nacionais do PT e teve, inclusive, a discordância do próprio Wagner.

Vale destacar que a Bahia é um dos primeiros estados onde a aliança foi bem sucedida, celebrada para apoiar o candidato Bruno Reis à Prefeitura de Salvador pelo DEM. Na última segunda (14), a ex-secretária de Promoção Social e Combate à Pobreza (Sempre), Ana Paula Matos (PDT), foi definida como vice na chapa.