Foto: Montagem Política Livre
Bruno Reis e Denice Santiago, candidatos, respectivamente, do DEM e do PT à Prefeitura de Salvador 18 de outubro de 2020 | 13:28

Campanha avança com expectativa de eleição em 1º turno em Salvador mais forte

exclusivas

No comando da campanha de Bruno Reis (DEM) à Prefeitura, as expectativas quanto ao desfecho da eleição no primeiro turno se elevam na mesma medida em que, entre membros da equipe que assessora a candidata do PT, major Denice Santiago, embora cercadas de sigilo estratégico, elas decaem.

A avaliação de ambos os lados é respaldada por sondagens para consumo interno a partir, principalmente, do impacto da propaganda eleitoral, passada pouco mais de uma semana de seu início, que marcou o começo formal da campanha em todo o país.

Como já previsto aqui neste espaço, os sinais são de que Denice está, de fato, crescendo em decorrência da associação de seu nome ao do governador Rui Costa (PT), cuja avaliação em Salvador é muito boa, puxada por intervenções de impacto na cidade.

É este, deliberada e acertadamente, o cerne da propaganda da petista que, portanto, tem funcionado, enquanto os demais nomes do grupo são deixados à própria sorte, sem contar com a ajuda da vinculação deliberada à figura de Rui nem à de seu governo.

Exatamente por isso as primeiras análises são de que o fenômeno de projeção da petista se dará sobre os votos dos concorrentes que se encontram em seu próprio campo político, num processo de autofagia incapaz de viabilizar qualquer de seus nomes, nem o seu próprio, a um final vitorioso.

Crescendo exclusivamente sobre aliados, Denice será incapaz de roubar o favoritismo do candidato do DEM, ele igualmente em rota fortemente ascendente, embalado pela associação completa à continuidade de uma gestão extremamente bem avaliada, do prefeito ACM Neto (DEM).

Ajudam imensamente Bruno a competente e diferenciada campanha na TV, que serve ao propósito de apresentá-lo como sucessor das realizações do prefeito, a atuação profissional nas redes sociais e a mobilização de rua, com um volume de campanha com que, não se sabe porque motivo plausível, Denice sequer conta.

A boa expectativa de sucesso com que o democrata vai sendo cercado, portanto, pode ser atribuída a uma campanha planejada e bem estruturada, pensada com antecedência com inteligência política, o que, em contrapartida, só revela indiretamente o mais completo improviso com que se armou o jogo no campo adversário.

O dilema que a continuidade da propaganda vai predominantemente colocando para o eleitor, no que a campanha de Bruno tem total e inteira responsabilidade, é porque ‘Diabos’ ele vai trocar o representante de um time que está ganhando pela aventura do totalmente desconhecido e imprevisível para governar uma cidade que o seu partido tirou de um caos traumático.

Sob um tal cenário, mais uma vez, é possível recorrer ao ditado segundo o qual ‘o que começa errado, termina errado’, uma referência apropriada à grande confusão que marcou as definições no campo das oposições comandadas pelo governador.

Além de presunçôes equivocadíssimas, como a de que o candidato da extrema-direita, Cézar Leite (PRTB), teria condições de, indiretamente, ajudar na tarefa de levar a definição da disputa para o segundo turno, ao crescer embalado pelo bolsonarismo.

As pesquisas mais recentes mostram que o novo fenômeno político nacional, do ardil de que a corrupção acabou, por isso a Lava Jato não é mais necessária, é rejeitado por mais de 60% da cidade, um fenômeno exclusivíssimo da cidade que ACM Neto, desde o princípio, captou, mantendo-se sabiamente dele distante o quanto pode.

Comentários