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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump 24 de outubro de 2020 | 14:50

Com 10 dias de antecedência, Trump vota presencialmente na Flórida

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, votou antecipadamente em West Palm Beach, na Flórida, na manhã deste sábado, 24. Esta é a primeira vez que Trump vota na Flórida desde que transferiu sua residência legal de sua cidade natal, Nova York, para Palm Beach, em 2019. O republicano lançou na sexta-feira, na Flórida, um Estado-chave na corrida à Casa Branca, uma maratona de comícios para recuperar terreno frente ao democrata Joe Biden.

O presidente americano foi a uma biblioteca pública autorizada para votar no Estado. “Eu votei em um cara chamado Trump”, disse sorrindo a jornalistas ao sair. Quase 55 milhões de americanos já votaram antecipadamente, em uma eleição condicionada pela pandemia do coronavírus.

Além do presidente fazendo campanha no Estado, seu antecessor na Casa Branca, Barack Obama, planejava participar hoje de um evento em Miami em apoio a Biden, que foi seu vice-presidente.

Do lado de fora da biblioteca, partidários do presidente, com bandeiras e cartazes, o receberam com aplausos e gritos de saudação, mas não puderam vê-lo. As câmeras de televisão e os fotógrafos não puderam entrar na sala de votação devido a uma proibição imposta pelas leis do Estado.

Ao votar, Trump usou uma máscara, algo que raramente costuma fazer, minimizando o vírus desde o início da crise de saúde. O próprio presidente se recuperou recentemente de covid-19, após três dias de internação.

“Foi uma votação muito segura. Muito mais segura do que enviar correspondência, posso te dizer isso”, disse Trump, que insiste, sem evidências, que a votação por correspondência conduz à fraude.

“Tudo foi perfeito, muito estrito, de acordo com as regras. Quando você envia sua correspondência, nunca será tão seguro quanto isso”, acrescentou o presidente.

Depois de votar, Trump seguiu para outros Estados com sua campanha, mas seu vice, Mike Pence, participará de encontros em Lakeland e na capital, Tallahassee. A agenda de Trump inclui atos de campanha na Carolina do Norte, Ohio e Wisconsin – todos Estados-chave para chegar à presidência. “Vocês estarão muito ocupados hoje, porque vamos trabalhar duro”, disse Trump aos jornalistas que o acompanham na cobertura da campanha.

Idosos no Estado são cruciais

Apesar de estar atrás nas pesquisas, Trump segue confiante em sua expectativa de levar os 29 votos da Flórida no colégio eleitoral. Esta é a terceira vez em três semanas que o presidente – que perde espaço entre os idosos – viaja até esse Estado do sul, conhecido por ter a maior proporção de aposentados do país, com mais de 20%.

Em evento orientado ao poderoso grupo demográfico dos idosos da Flórida, Trump visitou na sexta-feira a macrocomunidade de aposentados The Villages, onde criticou Biden diante da multidão, afirmando que a única coisa que o adversário faz é falar da covid-19 para tentar “assustar as pessoas”.

“Vamos terminar rapidamente com esta pandemia, com esta praga horrível”, afirmou, reiterando que o vírus está sob controle, apesar do avanço registrado nos casos da doença, que já deixou mais de 223 mil mortos nos Estados Unidos.

Mais tarde, Trump voltou a recorrer ao discurso de medo e afirmou que Biden permitirá a entrada de hordas de imigrantes irregulares, incluindo “criminosos e estupradores, assassinos”. “Joe Biden se importa mais com os imigrantes irregulares do que com os idosos que são cidadãos”.

Estadão Conteúdo
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