Foto: Joyce N. Boghosian/Official White House
Donald Trump 05 de dezembro de 2020 | 07:02

Donald Trump ordena retirada de tropas americanas da Somália

mundo

O presidente Donald Trump ordenou, nesta quarta-feira (4), a retirada das tropas americanas da Somália. A medida, já esperada, vem na esteira de tentativas do republicano de diminuir o contingente militar dos EUA ao redor do mundo.

No mês passado, Trump retirou parte da força americana no Afeganistão e no Iraque.

Em nota, o Pentágono diz que o militares devem deixar a Somália em 15 de janeiro, cinco dias antes da posse do presidente eleito Joe Biden. Cerca de 700 soldados das forças especiais dos EUA treinam e aconselham o Exército local em operação contra jihadistas ligados à Al Qaeda.

Muitas das tropas serão reposicionadas no Quênia, de acordo com um funcionário do Departamento de Defesa.

Não está claro ainda se o restante da presença americana no país africano —como agentes da CIA (serviço secreto americano), o embaixador e outros diplomatas que estão baseados em um bunker no aeroporto da capital, Mogadício— também deixará o local.

Mesmo com a saída dos militares, os Estados Unidos vão manter a capacidade de conduzir operações de contraterrorismo na Somália, especialmente ataques de drones, e de coletar alertas e indicadores antecipados sobre ameaças aos americanos e aliados das forças militares no país.

“Os EUA não estão se retirando ou se desligando da África”, disse o comunicado do Pentágono. “Continuamos comprometidos com nossos parceiros africanos e com apoio duradouro por meio de uma abordagem de todo o governo.”

Durante a campanha à Presidência em 2016, o republicano prometeu acabar com o que classificou como “guerras sem fim” dos Estados Unidos e disse que retiraria as tropas do Iraque e do Afeganistão durante seu mandato.

Ao longo dos últimos quatro anos, ele de fato diminuiu o contingente nos dois países, ainda que não tenha retirado todos os soldados.

Em outubro, Trump chegou a dizer que gostaria que todos os militares americanos no Afeganistão voltassem para casa antes do Natal, mas foi convencido por assessores e pelo secretário de Estado, Mike Pompeo, de que o plano não era possível.

Folha de S. Paulo
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