23 abril 2024
O presidente Donald Trump revogou nesta segunda-feira, 18, a restrição de entrada de passageiros do Brasil e de parte dos países europeus. Com a nova medida, viajantes que partem do Brasil poderão entrar nos Estados Unidos desde que apresentem um teste negativo de coronavírus a partir do dia 26 de janeiro.
A nova medida libera a entrada também de passageiros do Reino Unido, Irlanda e de 26 países europeus que compõem a zona Schengen.
Em março, a Casa Branca bloqueou a entrada de quem chega da Europa, Reino Unido e Irlanda ou esteve nos países nos 14 dias que antecederam o desembarque nos EUA, como parte da tentativa de controlar a propagação de coronavírus. Em maio, a mesma medida foi imposta sobre o Brasil. A dois dias de deixar o cargo, Trump derrubou as restrições.
Continuam em vigor, no entanto, as restrições impostas a passageiros da China e do Irã.
Na nova medida, assinada nesta segunda-feira, Trump afirma que a entrada de passageiros do Brasil, Europa, Reino Unido e Irlanda “não é mais prejudicial aos interesses dos Estados Unidos e que “é do interesse americano encerrar a suspensão de entrada”. O presidente eleito Joe Biden, que tomará posse no dia 20, pode alterar a medida e recolocar as restrições em vigor, se desejar.
A medida assinada nesta segunda-feira por Trump entra em vigor a partir da 0h01 do dia 26 de janeiro, mesma data em que os EUA passarão a exigir teste de coronavírus de todos os passageiros que chegam ao país. Nos últimos meses, as companhias aéreas, preocupadas com a queda drástica nas receitas diante da restrição das viagens internacionais, têm defendido em conversas com o governo americano que é possível controlar a transmissão do vírus através de medidas como a exigência de testes.
No final do ano, integrantes da força-tarefa de coronavírus da Casa Branca deram aval a uma nova política sobre voos nos bastidores.
As notícias sobre uma nova mutação do coronavírus no Reino Unido e, posteriormente, no Brasil, no entanto, assustaram as autoridades americanas e postergaram a decisão da Casa Branca.
Estadão Conteúdo