Para mundo político, nomeação de Denice é simbólica de como Rui trata aliados e sepulta seus planos para Assembleia

Nomeada hoje para o cargo de superintendente de Prevenção à Violência da Secretaria de Segurança Pública, Major Denice ficou apenas com um cargo de terceiro escalão na máquina estadual.

O posto, reclamaram membros da esquerda, está aquém do potencial da militar, que foi filiada pelo governador Rui Costa ao PT para concorrer na eleição municipal de 2020. Por este motivo, a indicação  mereceu críticas da classe política como um todo.

Petistas lembraram, por exemplo, que, anteriormente, chegaram a prometer uma secretaria a Denice – mais precisamente, a Secretaria de Política para as Mulheres.

A pasta é ocupada pelo PCdoB, partido que, em 2020, deu de ombros para os apelos do governador Rui Costa (PT) e manteve a deputada estadual Olívia Santana na disputa pela Prefeitura de Salvador contra Denice.

Embora o movimento mostre que Denice não foi completamente esquecida, a nomeação não deixou de causar desalento em quem imaginava ver ela desempenhando algum papel político depois das eleições.

“Se ela, que entrou no projeto pela via mais desfavorável, foi “boi de piranha”, acabou assim, no terceiro escalão, imagine quem não se sacrifica tanto”, disse uma fonte do PT a este Política Livre.

Para ele, a nomeação pode ter sepultado de vez o plano para que Denice saia candidata a deputada estadual em 2022.

O lamúrio no privado, no entanto, muda de figura em público. Em texto nas redes sociais, o presidente estadual da sigla, Éden Valadares, celebrou a nomeação.

“Quero parabenizar o governador Rui Costa pela escolha e desejar a major Denice boa sorte na Superintendência de Prevenção à Violência da SSP. Competência, liderança e capacidade de diálogo marcam a trajetória da companheira e, estou certo, fará um grande trabalho na nova missão”, enalteceu.