Foto: Tânia Rego/Agência Brasil
Em Cruz das Almas, cidade do Recôncavo Baiano, houve problemas com o registro no cartão de vacinação da Covid-19 24 de abril de 2021 | 10:01

Secretário da Saúde de Cruz das Almas diz que mais de 100 pessoas tiveram vacina trocada no cartão

interior

Em Cruz das Almas, cidade do Recôncavo Baiano, houve problemas com o registro no cartão de vacinação da Covid-19. Segundo o secretário municipal da Saúde, Sandro Borges, mais de 100 pessoas foram vacinadas em primeira dose com o imunizante da Oxford/Astrazeneca e no cartão de vacinação foi registrado como Coronavac.

“A troca aconteceu com mais de 100 pessoas, pelo que identificamos, e acredito que 99% delas foram comunicadas pela secretaria. Até onde sabemos, nenhuma pessoa chegou a tomar, de fato, a segunda dose de outra vacina que não fosse a mesma que a da primeira dose”, disse Borges.

A confusão poderia causar problemas com relação à segunda dose, já que o prazo de aplicação deveria ser de 90 dias, para Astrazeneca, e não de 28 dias, tempo determinado da Coronavac. O caso ocorreu com pessoas que se vacinaram nos dias 23 e 24 de março, no drive-thru da Praça Sumaúma. A Prefeitura admitiu o erro. Segundo a gestão municipal, a equipe de saúde fazia a imunização com Coronavac, quando recebeu um lote da Astrazeneca, mas continuou incluindo no cartão a vacina do Instituto Butantan.

“A secretaria identificou a troca. No dia 23 e 24 de março, nós tínhamos dois lotes de vacina: Coronavac e Astrazeneca. Nós estávamos vacinando no ponto de drive- thru. Quando acabou o lote da Coronavac, nós encaminhamos o lote de Astrazeneca, mas nosso pessoal não se atentou para isso e estava preenchendo o cartão com o nome errado da vacina. Então houve algumas pessoas que tomaram a vacina Astrazeneca mas, na verdade, tiveram escrito no cartão Coronavac com prazo de 28 dias de retorno para segunda dose”, explicou o secretário da saúde.

O secretário Sandro Borges ainda informou que, ao ser identificado o erro, a Vigilância Epidemiológica fez uma busca ativa para que fosse feita a correção da data da segunda dose no cartão de vacinação. “Na mesma semana, nós identificamos o caso e fizemos uma busca ativa dessas pessoas. Fomos às residências para comunicar e explicar o ocorrido. Algumas que não puderam ser contatadas retornaram para tomar a segunda dose e então foram informadas na hora.

Borges comentou, em uma entrevista à uma rádio local sobre a possibilidade de que pessoas tenham tomado ou venham a tomar a segunda dose errada. “Se existiu alguma pessoa, não tem problema. Ela vai tomar a outra dose da vacina correspondente. Ela não vai ficar sem sua dose. Não existe risco à saúde. Não há problema de saúde. O único problema é tomar a dose correta. Essas pessoas se existirem, na realidade elas vão ser beneficiadas, porque tomaram uma dose a mais da vacina. Se tiver alguém, a gente coloca a secretaria à disposição”, diz o secretário no vídeo que circula nas redes sociais. No entanto, não há comprovação científica sobre o possível benefício da dose extra, como afirmou o secretário.

As informações são do jornal Correio*.

Comentários