Foto: Tatiana Azeviche/SeturBA
Objetivo é reconhecer o potencial da cidade, localizada na Região Metropolitana de Salvador 10 de maio de 2021 | 17:33

Lauro de Freitas quer fortalecer turismo no pós-pandemia

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Atrativos do município de Lauro de Freitas foram visitados pelo secretário de Turismo do Estado, Fausto Franco, nesta segunda-feira (10), com o objetivo de reconhecer o potencial da cidade, localizada na Região Metropolitana de Salvador, e integrá-la ao planejamento de ações e promoção realizado pela Setur/Bahia para zona turística Costa dos Coqueiros.

Acompanhado pelo secretário municipal de Cultura e Turismo, André Pereira, Fausto conheceu o terminal turístico Mãe Mirinha de Portão. Destinado à preservação da cultura de origem afro, o terminal reúne e dá suporte aos artistas de Lauro de Freitas e também é utilizado para sediar eventos culturais. No terreiro de candomblé São Jorge Filho da Goméia, fundado por mãe Mirinha de Portão há mais de 70 anos, a prefeita Moema Gramacho deu as boas-vindas a Fausto Franco e participou da recepção organizada pela mãe de santo, Lúcia Neves.

Moema destacou o momento de pandemia como importante para planejar o turismo no município que é portão de entrada da Costa dos Coqueiros e organizar a retomada das atividades, resgatando história e identidade e aproveitando o potencial para os diversos segmentos, como turismo de negócios, de lazer e cultural.

Já o secretário estadual do Turismo, Fausto Franco, acredita que a partir dos meses de setembro e outubro, com um maior número de vacinados, a atividade turística reinicie o processo de retomada. “No primeiro momento, o foco é o turismo regional, com baianos viajando pela Bahia”, explicou.

De nação bantu e tombado pelo Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural do Estado da Bahia (Ipac) desde 2004, o terreiro é sede do Bloco Afro Bankoma, que desfila no Carnaval de Salvador e desenvolve uma série de atividades assistenciais, como a distribuição de cestas básicas e máscaras de proteção. Com receptivo suspenso devido à pandemia do novo coronavírus, o local abriga uma biblioteca, museu comunitário com peças que ajudam a contar a história do terreiro, uma tecelagem e uma loja que comercializa produtos artesanais.

Fausto Franco também esteve no Ilê Obá L’okê. De nação ketu e dedicado ao Orixá Oxoguiã, o templo é dirigido pelo babalorixá Vilson Caetano, professor da Universidade Federal da Bahia (Ufba). Com projeção nacional e internacional, o terreiro chama atenção pelas esculturas do artista plástico Rodrigo Siqueira.

Desde 2014 é registrado como Sociedade Beneficente Sócioeducativa Recreativa e Religiosa Obá L´Okê e também desenvolve ações com jovens de comunidades em situação de vulnerabilidade, a exemplo das oficinas de modelagem de objetos com metais nobres, a exemplo de cobre.

Na visita à igreja Matriz de Santo Amaro de Ipitanga, a prefeita Moema Gramacho, ao lado do padre Anastácio Gilberto, falou sobre o trabalho de restauração da igreja (datada do século XVII e tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – Iphan), em especial a requalificação do telhado a partir do qual foram feitos crucifixos com madeira do antigo teto, sendo considerados relíquias.

O roteiro contemplou ainda a praia de Buraquinho e a cervejaria Proa, onde são produzidos mensalmente 20 mil litros de cervejas, divididas em 12 tipos e que são servidas no bar da fábrica, em Lauro de Freitas, em outros dois, em Salvador (bairro da Pituba) e na vila de Praia do Forte. O público final pode conhecer o centro de produção e o processo de fabricação, mas a atividade está temporariamente suspensa.

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