Foto: Amanda Perobelli/Estadão
Professores da rede municipal de Salvador só irão retomar às atividades semipresenciais após toda a categoria receber a segunda dose da vacina contra a Covid-19 05 de maio de 2021 | 20:01

Professores da rede municipal mantêm suspensão das aulas semipresenciais após reunião com Prefeitura

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Professores da rede municipal de Salvador decidiram manter a suspensão das aulas semipresenciais após reunião com a Prefeitura nesta quarta-feira (5) e informaram que só irão retomar às atividades semipresenciais após toda a categoria receber a segunda dose da vacina contra a Covid-19.

O prefeito de Salvador, Bruno Reis, recebeu a diretoria da APLB Sindicato, nesta quarta-feira, para apresentar os avanços da vacinação dos trabalhadores da educação e pedir que a categoria retorne para as salas de aula. Além disso, na terça-feira (4), a prefeitura anunciou a vacinação de todos os trabalhadores da Educação da cidade, após uma decisão judicial.

A Prefeitura ainda não detalhou quantos professores foram vacinados até esta quarta-feira na capital, baiana.

Durante a reunião com o prefeito, o sindicato dos professores informou que faria outra reunião – essa apenas com os professores – para debater o assunto do encontro com a prefeitura e definir o retorno das atividades semipresenciais. Detalhes da reunião pela manhã não foram divulgados.

No encontro realizado pela tarde, apenas entre os professores, a categoria decidiu manter a suspensão até que todos sejam imunizados com a segunda dose da vacina. Além disso, o sindicato pediu que o prefeito Bruno Reis reforçasse o ensino remoto nesses dois meses, até que a segunda dose seja disponibilizada na capital baiana.

Segundo a prefeitura de Salvador, os trabalhadores da educação fazem parte da primeira categoria a ser vacinada em sua totalidade na capital baiana.

A prefeitura também disse que Salvador é a única no Brasil que ainda não retomou as aulas semipresenciais.

Durante a reunião realizada nesta quarta-feira, o prefeito insistiu no consenso e pediu que a APLB apresentasse proposta para o retorno, mas o sindicato manteve a posição de só voltar às aulas, ainda que semipresenciais, depois da segunda dose, que só ocorre 90 dias depois da primeira dose, além de um prazo adicional para se sentirem plenamente seguros da imunidade pretendida.

Impasse

O prefeito Bruno Reis anunciou a retomada das aulas de forma semipresencial no dia 23 de abril. O retorno seria a partir do dia 3 de maio, tanto para escolas públicas municipais, quanto para as particulares.

Já no dia 27 de abril, os professores da rede municipal de ensino de Salvador decidiram que não iriam retomar às aulas de forma semipresencial sem a vacinação completa da categoria. A decisão foi tomada durante uma reunião feita com a APLB e contou com dois mil professores da rede municipal.

No dia seguinte, em 28 de abril, a Prefeitura de Salvador e a APLB participaram de uma reunião que terminou sem acordo.

Na última sexta-feira (30), ocorreu a primeira reunião de mediação, realizada pelo Ministério Público do Trabalho (MPT), para discutir o impasse de volta às aulas. No entanto, os professores das redes particular e pública de Salvador decidiram manter a suspensão do retorno às aulas semipresenciais.

As informações são do site G1/Bahia.

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