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A roda de conversa integra as atividades do Julho das Pretas no município e Lauro de Freitas 29 de julho de 2021 | 13:39

Encontro intersetorial reúne mulheres negras tradicionais de Lauro de Freitas e Camaçari

bahia

Dar voz às mulheres negras é parte do processo para construção de uma sociedade mais justa e igualitária. O assunto foi amplamente discutido no encontro intersetorial das mulheres negras tradicionais de Lauro de Freitas e Camaçari, na tarde de quarta-feira (28), na Casa do Samba no Quilombo do Quingoma. A roda de conversa integra as atividades do Julho das Pretas no município.

O encontro teve como tema “As trocas e vivências entre essas mulheres pretas e seu protagonismo como autora da sua própria história” e reuniu mulheres indígenas, marisqueiras, baianas de acarajé, pescadoras, entre outras categorias, que destacaram pontos relevantes da cultura, valores e vivências. A iniciativa teve como objetivo evidenciar o protagonismo delas, através da trajetória e os aspectos político, cultural, identitário e comunitário.

A superintendente de Políticas de Promoção de Igualdade Racial, Aline Santos de Oliveira, ressaltou que o compartilhamento de saberes é responsável também por fortalecer a luta de promoção da igualdade racial. “Possibilitar essa vivência é tirar um momento para ouvir a outra e mostrar que estamos juntas na luta contra o preconceito e todas as formas de opressão contra a comunidade negra, sobretudo das mulheres.

O debate reforçou a importância de dar vez e voz às mulheres negras. Janete Santos, coordenadora da pasta de combatediscriminação racial de Camaçari, avaliou que a reunião valoriza e mostra a importância dessa união. “A partir da desconstrução da separação que o nosso povo foi obrigado. Hoje, aqui, a gente desfaz esse trabalho do passado e mostra que estamos juntas para discutir nossas pautas”, afirmou.

Além da roda de conversa, o encontro contou com roda de samba e participação das beijuzeiras de Areia Branca.

O Julho das Pretas em Lauro de Freitas conta com uma série de atividades durante todo o mês, a exemplo da apresentação de vídeos de mulheres negras residentes no município, que falaram sobre fatos marcantes da sua existência; além da realização de lives, rodas de conversas, feiras culturais e intercâmbios de mulheres pretas de cidades circunvizinhas.

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