19 abril 2024
Apesar de ressaltar que não tem uma posição totalmente formada sobre a regulamentação de drogas, o secretário de Administração Penitenciária e Ressocialização da Bahia (Seap), Nestor Duarte, concordou com o titular da SSP, Ricardo Mandarino, que voltou a defender na semana passada a legalização dos entorpecentes no país, com o argumento de que ajudaria a reduzir a criminalidade.
A informação foi publicada pelo jornal Tribuna da Bahia nesta segunda-feira (20). “Eu vi a entrevista do secretário Ricardo Mandarino. Eu não sou especialista no tema, mas o que ele disse tem toda a lógica no sentido de que, se você regulariza algumas coisas, elas passam a pagar imposto. Esse imposto iria para a área de saúde, a área policial”, afirmou.
“É um tema de alta indagação. Ainda não tenho uma posição totalmente formada em relação a isso, mas você vê que, em países civilizados, tipo na Holanda, os presídios foram se fechando por falta de gente delinquindo. A sociedade atinge um nível social, intelectual, cultural, econômico e não comete mais crime”.
Ainda conforme o impresso, Duarte fala sobre a situação prisional na Bahia e como foi atuar na área durante a crise sanitária da Covid-19. “Olha, nós temos hoje uma situação prisional na Bahia das melhores do Brasil, senão a melhor. Modéstia à parte, não sou eu. É uma equipe”, pontuou.
“São anos e anos de trabalho identificando o que fazer. O Brasil tem 800 mil presos, e tem 250 mil vagas. Então, é uma sobrecarga no sistema de mais de 200%. Aqui, na Bahia, nós temos em torno de 15 mil presos, temos 12 mil e poucas vagas, e estamos inaugurando Brumado e Irecê, que está pronta”, concluiu.