‘Fizemos uma campanha ética e propositiva’, diz a presidente eleita da OAB-BA

A advogada Daniela Borges, em conversa com este Política Livre após a divulgação do resultado que a sagrou como nova presidente da seccional baiana da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-BA), disse que “qualquer disputa que tenha havido até agora se encerrou”. A presidente eleita da Ordem se referia aos embates ocorridos principalmente contra a candidata de oposição, Ana Patrícia Dantas Leão.

“O acirramento não partiu de nós. Fizemos uma campanha ética e propositiva”,  salientou Daniela, que também celebrou o fato de inédito tanto estadual quanto nacionalmente de ter a Ordem presidida por duas mulheres: ela e Christianne Gurgel, eleita vice-presidente. “A Bahia nunca teve duas mulheres presidindo a Ordem. Isso é um marco histórico”, celebrou.

Daniela salientou que agora vai trabalhar pela união da advocacia e pela prestação judicial efetiva dos tribunais. “Outro objetivo nosso é que o judiciário respeite as prerrogativas dos advogados. A gente precisa trabalhar para que tenhamos de fato celeridade no andamento dos processos”, declarou, ao dizer que essa é uma luta que deve ser conjunta de todos os operadores do direito.

Ela salienta que a falta de servidores e de juízes no Judiciário propiciam a morosidade. “Falta infraestrutura. Pode ser muito melhor [o funcionamento da Justiça]. Vamos construir isso, dialogando de igual para igual”.

Eleição nacional

Daniela Borges salientou o papel do vice-presidente nacional da OAB, Luiz Viana, para a construção de uma Ordem “forte e independente” e, como salientou, afastada das questões político – partidárias. “A Ordem na Bahia tem história de independência. Luiz Viana representa isso na Bahia e também no Conselho Federal”, disse Daniela Borges.

Luiz Viana deve disputar a presidência nacional da Ordem contra o candidato do atual presidente nacional, Felipe Santa Cruz, que tem aproximação com a  esquerda e teve diálogos recentes com o PSD e com o União Brasil para disputa tanto do governo do Rio de Janeiro quanto da presidência da República.

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